- A série “Animais” de Wanda Pimentel será exibida pela primeira vez em conjunto na mostra “Percurso em preto e branco”.
- A exposição ocorrerá no próximo sábado, 16 de agosto, na Carpintaria, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.
- Esta é a primeira mostra póstuma da artista em sua cidade natal, após seu falecimento em dezembro de 2019.
- A série, criada entre 1965 e 1967, inclui desenhos de serpentes, morcegos, escorpiões e polvos, com traços em nanquim e caneta sobre papel e cartão.
- A historiadora da arte Vera Beatriz Siqueira destaca a expressividade dos desenhos, enquanto Alex Gabriel, sócio da galeria, enfatiza a importância de entender a trajetória da artista.
Wanda Pimentel, artista reconhecida por sua obra marcante, terá sua série “Animais” exibida pela primeira vez em conjunto na mostra “Percurso em preto e branco”, que será inaugurada no próximo sábado (16), às 15h, na Carpintaria, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Esta é a primeira exposição póstuma da artista em sua cidade natal, após seu falecimento em dezembro de 2019.
Entre 1965 e 1967, Pimentel criou a série “Animais”, que apresenta formas de serpentes, morcegos, escorpiões e polvos, destacando-se por traços de nanquim e caneta sobre papel e cartão. As obras, em preto e branco, contrastam com as cores vibrantes e as linhas geométricas que caracterizam sua série mais famosa, “Envolvimento”.
A historiadora da arte Vera Beatriz Siqueira, que assina o ensaio da mostra, destaca que “Animais” revela um desenho expressivo e obsessivo, com linhas e hachuras que se tornaram centrais na obra de Pimentel. Alex Gabriel, sócio da galeria, ressalta a importância de apresentar esses desenhos iniciais para entender a trajetória da artista, que sempre teve um talento notável para o desenho.
Wanda Pimentel, que lecionou na Uerj, é lembrada por sua postura reservada e por não ter recebido o reconhecimento que merecia em vida, especialmente em comparação a seus contemporâneos masculinos. Nos últimos anos, sua obra tem ganhado destaque em exposições individuais e coletivas, como “Envolvimentos” no Masp e “Vital signs: artists and the body” no MoMA, em Nova York.
A historiadora Vera Siqueira acredita que o reconhecimento atual é insuficiente e espera que o revisionismo crítico contemporâneo ajude a destacar a relevância dos temas abordados por Pimentel, que continuam atuais.
