- A exposição “Campo de Batalha: Antonio Henrique Amaral 90 Anos” ocorre na Casa Triângulo, em São Paulo.
- A mostra homenageia o artista, apresentando cerca de 50 obras que refletem sua trajetória e evolução temática.
- A série “Bananas”, que simboliza a repressão durante a ditadura militar no Brasil, está entre as obras expostas.
- A exposição abrange obras de 1957 a 2011, incluindo desenhos, gravuras e pinturas.
- A visitação vai até 27 de setembro, de terça a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 17h.
Antonio Henrique Amaral, artista renomado, é homenageado na exposição “Campo de Batalha: Antonio Henrique Amaral 90 Anos”, que ocorre na Casa Triângulo, em São Paulo. A mostra, que celebra os 90 anos do artista e os 10 anos de sua morte, apresenta cerca de 50 obras que refletem sua trajetória e evolução temática.
A série “Bananas”, que se tornou emblemática, está presente na exposição. Criadas na década de 1970, essas obras utilizam a fruta como símbolo da repressão durante a ditadura militar no Brasil. O curador José Augusto Ribeiro destaca que a banana, inicialmente uma metáfora cômica, evolui para uma representação trágica, refletindo a transformação do contexto político do país.
Temas e Estilos
A exposição abrange obras desde 1957 até 2011, incluindo desenhos, gravuras e pinturas. Ribeiro explica que Amaral frequentemente mescla elementos heterogêneos em suas composições, criando formas que desafiam categorizações. O título “Campo de Batalha” remete tanto à série de trabalhos de Amaral quanto à sua capacidade de dialogar com questões subjetivas e políticas contemporâneas.
Amaral, que iniciou sua formação artística na Escola do Museu de Arte de São Paulo, também estudou gravura em Nova York. Em 1967, lançou o álbum de xilogravuras “O Meu e o Seu”, com texto de Ferreira Gullar. A obra de Amaral é marcada por uma crítica incisiva ao regime militar, utilizando a banana como símbolo da vida nacional e da opressão.
Reflexões e Legado
A exposição também destaca a fase posterior de Amaral, onde temas passionais emergem, como em “Casal de Novo” (1995). As obras, mesmo ao abordarem questões pessoais, mantêm uma intensidade crítica. O curador ressalta que, ao longo de sua carreira, Amaral interagiu com diversas correntes artísticas, refletindo preocupações ecológicas e sociais.
Antonio Henrique Amaral acreditava que os artistas são os que melhor lidam com a falta de sentido da vida. Sua obra, repleta de nuances e significados, continua a instigar reflexões sobre a realidade brasileira. A mostra “Campo de Batalha” está em cartaz até 27 de setembro, de terça a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 17h, na Casa Triângulo, localizada na Rua Estados Unidos, 1.324, São Paulo.