Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Ópera ‘Porgy and Bess’ destaca a cultura negra e as periferias no Brasil

Montagem de Grace Passô destaca a cultura periférica e a representatividade, com apresentações até 27 de setembro no Theatro Municipal de São Paulo.

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Montagem da ópera "Porgy and Bess" no Theatro Municipal de São Paulo (Foto: Reprodução)
0:00 0:00
  • A nova montagem de Porgy and Bess estreia no Theatro Municipal de São Paulo em 19 de setembro.
  • A direção é de Grace Passô, que adapta a obra para o Brasil contemporâneo, incorporando elementos da cultura periférica.
  • A trama se passa em Catfish Row e aborda temas de exclusão e marginalização.
  • A cenografia de Marcelino Melo representa favelas, enquanto a coreografia mistura funk e capoeira.
  • As apresentações seguem até 27 de setembro, com ingressos entre R$ 33,00 e R$ 210,00.

A nova montagem de Porgy and Bess, a célebre ópera de George Gershwin, estreia no Theatro Municipal de São Paulo nesta sexta-feira, 19 de setembro. Sob a direção de Grace Passô, a produção traz uma adaptação contemporânea, incorporando elementos da cultura periférica brasileira e utilizando microfones, uma escolha inovadora para o gênero operístico.

A trama, que se passa em uma comunidade fictícia chamada Catfish Row, aborda temas como exclusão e marginalização. Clara, interpretada por uma das atrizes do elenco, canta a famosa ária “Summertime”, que simboliza esperança em meio à adversidade. Passô destaca a força emocional da canção, que ressoa com a realidade atual, afirmando que a obra deve ser vista sob a luz do contexto social e político contemporâneo.

A cenografia, assinada por Marcelino Melo, transforma o palco em uma representação colossal de favelas, com elementos como uma vendinha e casinhas de alumínio. A coreografia, que mistura estilos como funk e capoeira, reflete a vivência das periferias, criando uma conexão direta com o público. Roberto Minczuk rege a orquestra, enquanto o elenco conta com Luiz-Ottavio Faria no papel de Porgy e Latonia Moore e Marly Montoni como Bess.

A montagem busca reapropriar a obra de Gershwin, que, apesar de seu sucesso, enfrentou críticas ao longo das décadas. Passô enfatiza a importância de ter um elenco predominantemente negro, refletindo a luta por representatividade nos palcos. A ópera, que já foi um marco na luta contra a segregação racial, agora ganha nova vida ao ser reinterpretada no Brasil de 2025.

As apresentações de Porgy and Bess seguem até o dia 27 de setembro, com ingressos variando de R$ 33 a R$ 210. A proposta é não apenas homenagear a obra, mas também provocar uma reflexão sobre as questões sociais que ainda persistem.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais