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Compositores negros de música clássica brilham em festival de Minas Gerais

Festival promove a redescoberta de compositores afrodescendentes e discute a influência da cultura negra na música clássica até 21 de setembro.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Compositor Chevalier de Saint-George, de Guadalupe, é um dos homenageados no festival Artes Vertentes de 2025 (Foto: Reprodução)
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  • O festival Artes Vertentes, em Tiradentes, Minas Gerais, ocorre até 21 de setembro de 2025.
  • A programação destaca compositores negros, como Florence Price e Chevalier de Saint-George, e reflete sobre a diáspora africana.
  • A curadoria, feita por Luiz Gustavo Carvalho, tem como tema “Entre as Margens do Atlântico” e busca unir música erudita e popular.
  • O festival homenageia também Henrique Alves de Mesquita e Maurice Ravel, que completa 150 anos.
  • Além das apresentações, o evento promove discussões sobre a importância da cultura negra na música clássica.

Em Tiradentes, Minas Gerais, o festival Artes Vertentes de 2025 destaca compositores negros, como Florence Price e Chevalier de Saint-George, em uma programação que reflete sobre a diáspora africana. O evento, que ocorre até o dia 21 de setembro, é curado por Luiz Gustavo Carvalho, um pianista com mais de 30 anos de carreira.

A proposta curatorial, intitulada “Entre as Margens do Atlântico”, busca desconstruir as fronteiras entre música erudita e popular. Carvalho explica que a seleção de repertório foi guiada por três eixos: a travessia transatlântica, a valorização de compositores afrodescendentes e a fusão de estilos musicais. Henrique Alves de Mesquita, um dos principais nomes da música sacra brasileira, também é homenageado, assim como o francês Maurice Ravel, que completa 150 anos.

O festival apresenta obras de compositores menos reconhecidos, como George Walker, o primeiro negro a ganhar o Pulitzer de Música, e Samuel Coleridge-Taylor, que incorporou elementos da cultura africana em suas composições. O violinista Uiler Moreira, que se apresentou no evento, destaca a importância de dar visibilidade a esses artistas, que foram marginalizados ao longo da história.

Além das apresentações, o festival promove discussões sobre a relevância da cultura negra na música clássica. Carvalho enfatiza que a curadoria não se baseou em um olhar eurocêntrico, mas sim em obras de alta qualidade que merecem ser ouvidas. A redescoberta de compositores como Florence Price, que teve suas partituras esquecidas por décadas, é um exemplo do trabalho de resgate cultural que o festival busca promover.

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