- Beatriz Milhazes inaugura a mostra “Pinturas nômades” na Casa Roberto Marinho em 25 de outubro.
- A exposição apresenta vitrais coloridos e obras que interagem com a natureza, além de performances de dança.
- A obra “Corumbê” foi desenvolvida especialmente para o espaço e reflete a técnica da artista em grandes edifícios.
- A mostra, sob curadoria de Lauro Cavalcanti, inclui maquetes, ampliações e esboços que mostram o lado arquitetônico da artista.
- Uma sala dedicada à pintora Djanira também faz parte da exposição, que destaca a conexão de Milhazes com as raízes culturais brasileiras.
A artista Beatriz Milhazes inaugura a mostra “Pinturas nômades” na Casa Roberto Marinho, no dia 25 de outubro. A exposição apresenta vitrais coloridos e obras que interagem com a natureza, além de performances de dança e uma sala dedicada à pintora Djanira.
Os vitrais, criados com vinis recortados em tons vibrantes, transformam a luz do sol em um espetáculo de cores. A obra “Corumbê”, desenvolvida especialmente para o espaço, reflete a técnica utilizada em suas intervenções em grandes edifícios ao redor do mundo, como a Fundação Cartier, em Paris, e a Ópera de Viena. Sob a curadoria de Lauro Cavalcanti, a mostra reúne pela primeira vez maquetes, ampliações e esboços que revelam o lado arquitetônico da artista.
Milhazes busca criar um ambiente de meditação e contemplação, com formas abstratas e florais que se destacam nas janelas, emoldurando o jardim projetado por Burle Marx. A artista destaca que a intenção é proporcionar uma leitura colorida da natureza. A sala também contará com a apresentação da Marcia Milhazes Cia de Dança, que irá interpretar coreografias inspiradas na exposição.
A influência de Djanira é evidente, com uma sala dedicada a suas obras e a de outros artistas como Guignard e Portinari. Cavalcanti, que já admirava o trabalho de Milhazes, ressalta que a exposição traz uma nova vida a obras menos conhecidas da artista. A ideia inicial era recriar o pavilhão da Bienal de Veneza de 2024, mas a impossibilidade levou à apresentação das instalações pictóricas realizadas em diferentes países.
Milhazes, que se considera uma artista do bidimensional, reflete sobre sua trajetória e a adaptação de sua linguagem artística a suportes distintos. A exposição “Pinturas nômades” é um convite à contemplação, mostrando a versatilidade da artista e sua conexão com as raízes culturais brasileiras.