- Álbum Quimera de María Becerra estruturado em quatro alter egos (Jojo, Shanina, Maite e as partes de cumbias), com uma faixa final em que Maria fala como ela mesma.
- Cada personagem possui uma trilogia de faixas e o conjunto explora temas de superação, saúde grave e perdas, incluindo a gravidez ectópica de abril e miscarriages anteriores.
- Colaborações incluem Tini, Paulo Londra e Karina, além de uma faixa bônus ainda não lançada com Jay Wheeler; a história também aborda a relação de Becerra com o parceiro Rei.
- A narrativa do álbum culmina com a pessoa Maria, que fecha a história de amor com Rei e traz mensagens de autoconfiança e autocuidado.
- Um momento emocional central envolve o perdão ao pai de Maite, em seu leito de morte, promovendo uma reconciliação que inspira a criatividade da obra.
O álbum conceitual Quimera, de María Becerra, estrutura sua narrativa em quatro alter egos — Jojo, Shanina, Maite — mais as partes de cumbias e um fechamento em que a artista se apresenta como Maria. Cada personagem guia uma trilogia de faixas, conectando histórias dentro de um mesmo tema de superação.
A proposta percorre gêneros diferentes, desde o funk brasileiro de Jojo até parcerias com Tini, Paulo Londra e Karina. Ao final, as cinco últimas faixas revelam a versão de Maria, a cantora, e apresentam a relação com o parceiro Rei.
Entre os destaques, está a faixa bônus ainda não lançada com Jay Wheeler, anunciada para compor o desfecho do álbum. A obra, segundo a própria artista, serve para falar de autocuidado e reconstrução após traumas vividos recentemente.
Quase toda a história é ligada a experiências pessoais de Becerra. Em abril, a cantora passou por uma cirurgia de emergência por gravidez ectópica, evento descrito como perto da morte. Ela afirmou que decidiu tornar público o caso para aumentar a consciência sobre o tema.
A produção do disco aborda também perdas aportadas por miscarriages, fortalecendo o vínculo entre as faixas e o relato de superação. A relação estável com o parceiro Rei aparece como fio condutor em parte das canções, especialmente na narrativa final com Maria.
Maite, em especial, traz uma linha mais sombria, com o single Corazón Vacío. Shanina, por sua vez, revela uma faceta mais ousada, com vocais experimentais e uma estética de risco. As faixas de cumbias destacam a conexão de Becerra com o gênero, incluindo a colaboração com Karina.
Em uma entrevista, a artista comentou a importância de Maria como núcleo da obra. O arco da trilogia mostra encontros, perdas e o caminho para o perdão, incluindo o momento em que Maite perdoa o pai, em seu leito de morte, após anos de afastamento.
O relato final reforça a ideia de que Quimera é uma construção para enfrentar traumas, buscar autocuidado e celebrar o amor. A conclusão musical remete à própria história de María e à relação com Rei, consolidando o conceito de identidade presente em cada faixa.