26 de mai 2025
Mudanças climáticas ampliam a ameaça de fungos mortais como Aspergillus no mundo
Mudanças climáticas podem expandir o fungo Aspergillus em até 77% até 2100, aumentando infecções e riscos à saúde global.
Foto:Reprodução
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As mudanças climáticas estão ampliando o alcance geográfico do fungo Aspergillus, que pode aumentar sua presença em até 77% até 2100. Essa expansão representa um risco elevado de infecções para milhões de pessoas, especialmente em regiões mais frias da Europa, Ásia e Américas.
Pesquisadores alertam que o Aspergillus fumigatus é responsável por cerca de 3,8 milhões de mortes anuais devido a infecções fúngicas invasivas. A doença mais comum associada a esse fungo é a aspergilose, que pode afetar os pulmões e se espalhar para outros órgãos, incluindo o cérebro. A detecção tardia é um problema, pois os sintomas muitas vezes se confundem com outras condições.
A pesquisa, coautoria de Norman van Rhijn, do Wellcome Trust, destaca que a disseminação do Aspergillus pode ser acelerada por eventos climáticos extremos. O aumento das temperaturas e a umidade favorecem a proliferação do fungo, que já é considerado uma das principais ameaças à saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Impactos e Preocupações
Além do A. fumigatus, outra espécie, o Aspergillus flavus, pode se expandir em 16% até 2100, afetando regiões como o norte da China e a Escandinávia. Essa espécie é conhecida por produzir aflatoxinas, substâncias tóxicas que podem causar câncer e danos ao fígado.
O aumento da resistência a fungicidas e a escassez de tratamentos eficazes tornam a situação ainda mais preocupante. A pesquisa sugere que a combinação de secas seguidas de chuvas intensas pode liberar esporos no ar, aumentando a incidência de infecções fúngicas.
Estudos recentes indicam que a aspergilose tem crescido especialmente entre populações vulneráveis, como pessoas com sistemas imunológicos comprometidos. A cientista Brittany Bustamante, da Universidade da Califórnia, Berkeley, observa que as mudanças climáticas podem intensificar surtos de doenças respiratórias, tornando as infecções fúngicas uma preocupação crescente para a saúde pública.
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