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28 de mai 2025

Violência contra crianças aumenta após pandemia, revelam dados alarmantes

A violência sexual contra crianças e adolescentes aumentou 49% em 2023, evidenciando o impacto da pandemia na proteção infantil.

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A pandemia de COVID-19 impactou significativamente a proteção de crianças e adolescentes, dificultando a identificação de casos de violência. Dados recentes revelam um aumento de 49% nas denúncias de violência sexual em 2023, em comparação a 2022, e um crescimento de 87% nos casos de violência online entre 2019 e 2022.

O fechamento de escolas e o isolamento social durante a pandemia silenciaram muitas crianças, privando-as de espaços de acolhimento e denúncia. Embora os registros de violência sexual tenham caído durante a pandemia, especialistas afirmam que isso não reflete uma diminuição nos abusos, mas sim uma subnotificação alarmante. Em 2019, foram registrados 34.212 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Em 2020, esse número caiu para 29.269, uma redução de 14,4% que evidencia a dificuldade em identificar abusos.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021 mostram que 83% dos agressores de crianças e adolescentes são familiares ou conhecidos, com mais de 60% dos casos ocorrendo em casa. Sem o contato com professores e profissionais de saúde, as crianças perderam oportunidades cruciais para relatar abusos. Em 2023, o Disque 100 registrou 9,6 mil denúncias de violência sexual até abril, um aumento de 49% em relação ao mesmo período de 2022.

Aumento da Violência Online

A pandemia também acelerou o uso da internet por crianças e adolescentes, muitas vezes sem supervisão. Entre 2019 e 2022, a aliança global WeProtect registrou um aumento de 87% nos casos de violência sexual e psíquica nas redes. Em 2022, cerca de 32 milhões de episódios foram reportados, incluindo assédio e extorsão.

Uma análise de 165 estudos publicada no periódico Jama Pediatrics revelou que entre 8,5% e 15,1% das crianças já sofreram assédio sexual ao longo da vida, com as meninas sendo as principais vítimas. É essencial que profissionais da educação e saúde sejam capacitados para reconhecer sinais de violência e encaminhar as vítimas para redes de proteção.

A urgência em ampliar os esforços de combate à violência contra crianças e adolescentes é clara. É necessário qualificar a atuação de profissionais, aprimorar a coleta de dados e fortalecer canais de denúncia para garantir a proteção integral e um ambiente seguro para os jovens.

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