Ministro da Saúde amplia serviços de oncologia no SUS em Minas Gerais

O Ministério da Saúde anunciou, neste sábado (12), a habilitação do Hospital Universitário Ciências Médicas (HUCM) em Belo Horizonte (MG) para atendimento em hematologia. Essa medida beneficiará 5,5 milhões de pessoas, ampliando o acesso a serviços oncológicos na região. O programa Agora Tem Especialistas visa reduzir o tempo de espera por consultas e procedimentos, com a expectativa de realizar mais de 2 mil cirurgias e 17 mil procedimentos especializados anualmente.

O HUCM, que atende exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), agora contará com recursos permanentes para o tratamento de câncer. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da agilidade no diagnóstico e tratamento do câncer, afirmando que "no câncer, o tempo é vida". A meta é garantir que o diagnóstico ocorra em até 30 dias e o início do tratamento em, no máximo, mais 30 dias.

Iniciativas Tecnológicas e Investimentos

O Brasil também contará com o Super Centro Brasil para Diagnóstico de Câncer, que utilizará tecnologia avançada para reduzir o tempo de emissão de laudos de 25 para 5 dias. Com capacidade para gerar até mil laudos por dia, a iniciativa, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), visa atender 400 mil laudos por ano.

Durante sua visita a Minas Gerais, Padilha anunciou um investimento de R$ 24 milhões para o Centro Materno Infantil de Contagem, além de um aporte anual de R$ 96 milhões para cirurgias cardíacas e exames especializados. A expectativa é realizar 1.000 cirurgias cardíacas e 500 cateterismos anualmente, contribuindo para a redução das filas de espera na região.

Retomada da Produção de Insulina

Em um passo significativo para a saúde pública, o Brasil retomou a produção nacional de insulina após 20 anos. Na sexta-feira (11), foi entregue o primeiro lote de 207.385 unidades de insulina, incluindo 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH. Com essa iniciativa, o país passará a produzir 50% da demanda nacional dessas insulinas, fortalecendo a política de acesso gratuito a medicamentos no SUS e aumentando a autonomia na produção de insumos médicos.