- Kari Lage, iluminador cênico e responsável pela biblioteca do Retiro dos Artistas, está escrevendo sua autobiografia com a ajuda de uma inteligência artificial da Oca Books.
- O projeto visa lançar as primeiras obras em outubro, utilizando tecnologia para transformar suas experiências em texto.
- Lage, nascido em Petrópolis, teve uma carreira marcante, incluindo trabalho com o grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone e eventos como o réveillon do Rei Hassan II do Marrocos.
- Desde 2019, reside no Retiro dos Artistas, onde se dedica à biblioteca e cria seu filho sozinho após um divórcio.
- A Oca Books oferece um serviço que permite a Lage responder a perguntas sobre sua vida por áudio, enquanto a IA gera o texto, com um custo de R$ 99 por ano.
Kari Lage, iluminador cênico e responsável pela biblioteca do Retiro dos Artistas, está escrevendo sua autobiografia com a ajuda de uma inteligência artificial da Oca Books. O projeto visa lançar as primeiras obras em outubro, utilizando tecnologia para transformar suas experiências em texto.
Nascido em Petrópolis, Lage teve uma carreira marcante, trabalhando com o grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone e iluminando eventos importantes, como o réveillon do Rei Hassan II do Marrocos. Após um divórcio, ele enfrentou o desafio de criar seu filho sozinho. Desde 2019, reside no Retiro dos Artistas, onde se dedica à biblioteca.
A plataforma da Oca Books permite que Lage responda a perguntas sobre sua vida por meio de áudio, enquanto a IA gera o texto. O serviço, que custa R$ 99 por ano, também oferece a opção de colaboração com editores humanos. Julius Wiedemann, publisher da Afluente, desenvolveu a IA com base em estudos sobre biografias, criando perguntas que ajudam a estruturar a narrativa.
Autobiografias em Foco
Além de Lage, as autobiografias de Rita Maia e Sônia Zagury também serão lançadas. Rita, que superou vícios e trabalhou com grandes nomes da música, deseja compartilhar sua história para inspirar outros. Ela descreve a experiência com a IA como “apaixonante”, destacando a capacidade da tecnologia de estimular a reflexão.
Wiedemann ressalta que as obras não têm como objetivo o mercado massivo, mas sim um legado para amigos e familiares. Ele acredita que a IA pode ajudar a contar histórias de vidas comuns, mas reconhece que a emoção é um aspecto que ainda não é plenamente capturado pela tecnologia.
Embora a IA tenha mostrado potencial em organizar narrativas, especialistas como José Ruy Gandra e Julio Maria afirmam que a verdadeira essência de uma biografia reside na emoção, algo que a inteligência artificial ainda não consegue reproduzir de forma satisfatória. A demanda por biografias encomendadas tem crescido, especialmente após a pandemia, refletindo o interesse por histórias pessoais e autênticas.