- A nova adaptação de Cumbres Borrascosas, estrelada por Jacob Elordi, será lançada em 2026.
- O filme transforma a obra de Emily Brontë em um dark romance, gerando polêmica sobre masculinidade e dinâmicas patriarcais.
- O trailer apresenta Elordi como Heathcliff, com diálogos que refletem questões contemporâneas.
- A Netflix busca atrair a geração Z com novas adaptações de clássicos, como Orgulho e Preconceito.
- Especialistas criticam a representação do homem romântico, apontando que pode perpetuar relações tóxicas.
A nova adaptação de Cumbres Borrascosas, estrelada por Jacob Elordi, está prevista para ser lançada em 2026 e já gera polêmica. A produção transforma a obra de Emily Brontë em um dark romance, levantando questões sobre masculinidade e dinâmicas patriarcais.
O trailer do filme apresenta Elordi como o icônico Heathcliff, com frases que, embora possam parecer datadas, ressoam com a atualidade. Essa nova abordagem reflete o retorno do romantismo no cinema, evidenciado pelo sucesso de produções como Os Bridgerton, que revitalizaram o interesse por heróis românticos.
O retorno do romantismo
A Netflix, que já investiu em adaptações de clássicos como Orgulho e Preconceito, busca conquistar a geração Z com novos rostos, como Jack Lowden no papel de Mr. Darcy. Essa tendência mostra um fascínio duradouro por personagens que, apesar de suas complexidades, continuam a atrair o público.
Entretanto, a figura do homem romântico não é isenta de críticas. Especialistas apontam que esse ideal pode perpetuar dinâmicas patriarcais. O professor Josep M. Armengol, autor de *Reescrituras de masculinidade*, argumenta que o “príncipe encantado” evoluiu, mas ainda representa possessividade e dependência emocional.
Críticas e controvérsias
A popularidade do gênero dark romance, que explora relacionamentos tóxicos, também levanta questões sobre os modelos de amor promovidos entre os jovens. A nova versão de Cumbres Borrascosas foi criticada por sua abordagem, que se distancia da história original para se alinhar a tendências contemporâneas.
A trilha sonora, composta por Charli XCX, sugere uma tentativa de modernizar a narrativa, mas levanta preocupações sobre a fidelidade ao material de origem. Assim, enquanto o cinema continua a explorar a figura do homem romântico, a necessidade de reavaliar esses arquetípicos se torna cada vez mais urgente, buscando alternativas que promovam uma masculinidade mais saudável e igualitária.
