- A Globo lançou sua primeira novela em formato vertical, voltada para dispositivos móveis.
- Os episódios têm duração de até cinco minutos e visam atrair o público jovem.
- O elenco inclui a influenciadora Jade Picon, além de Débora Ozório, Daniel Rangel e Lília Cabral.
- A mudança é uma resposta à queda de audiência entre as gerações mais novas, que preferem conteúdos adaptados para telas verticais.
- O modelo de microdramas oferece monetização através de episódios gratuitos, desbloqueio pago com “moedas virtuais” e anúncios recompensados.
A Globo inova ao lançar sua primeira novela em formato vertical, voltada para dispositivos móveis. Com episódios curtos de até cinco minutos, a produção busca atrair o público jovem, que consome conteúdo principalmente em plataformas como TikTok e Globoplay. O projeto, ainda em fase piloto, conta com um elenco estratégico, incluindo a influenciadora Jade Picon, que interpreta a vilã, ao lado de Débora Ozório, Daniel Rangel e Lília Cabral.
A mudança de formato é uma resposta à queda na audiência entre as gerações mais novas, que preferem conteúdos adaptados para telas verticais. A emissora reconhece que não basta apenas adaptar novelas tradicionais; é necessário criar narrativas que se encaixem na lógica do feed digital. O sucesso de microdramas, como “A Vida Secreta do Meu Marido Bilionário”, que acumulou mais de 200 milhões de visualizações em duas semanas, demonstra o potencial desse novo formato.
Oportunidades de Monetização
O modelo de microdramas apresenta uma estrutura de monetização diversificada. Os episódios iniciais são gratuitos, seguidos de desbloqueio pago com “moedas virtuais”, além de pacotes VIP de assinatura e anúncios recompensados. Esse formato já movimenta cerca de US$ 3 bilhões globalmente, com 75% da receita proveniente dos usuários. No primeiro trimestre de 2025, aplicativos como ReelShort e DramaBox geraram quase US$ 700 milhões em compras, um crescimento significativo em relação ao ano anterior.
A Globo vê a micronovela vertical como um “produto mínimo viável”, permitindo controle de custos e riscos limitados. Se a série se mostrar bem-sucedida, pode ganhar novas temporadas; caso contrário, ajustes podem ser feitos rapidamente. Para marcas e anunciantes, o novo formato abre oportunidades para conteúdo patrocinado e ativações interativas, sem comprometer a experiência do usuário.
A adaptação ao novo cenário de consumo é essencial, e a Globo demonstra que está disposta a experimentar e aprender com os dados. A audiência já mudou de tela, e a questão agora é qual empresa estará pronta para se adaptar rapidamente a essas novas demandas.