- A Netflix estreia a série “O refúgio atômico” nesta sexta-feira, com um investimento de mais de um bilhão de euros até 2029.
- A produção é ambientada em uma fortaleza subterrânea, que conta com academias, jardins e um restaurante sofisticado.
- Migue Amoedo, diretor artístico, afirma que “La Casa de Papel” foi um divisor de águas e que a Netflix agora possui “a receita” para novos sucessos.
- Desde 2017, a Netflix produziu quase mil filmes e séries na Espanha, consolidando o país como um centro de produção audiovisual.
- A série foi filmada em grande parte em estúdios em Madri, que utilizam tecnologia avançada para criar cenários variados.
Em um estúdio inovador nos arredores de Madri, a Netflix lança O refúgio atômico, sua mais nova superprodução espanhola, com estreia marcada para esta sexta-feira. Com um investimento de mais de um bilhão de euros até 2029, a série busca repetir o sucesso global de La Casa de Papel, que se tornou um marco na produção de conteúdo em espanhol.
A nova série é ambientada em uma fortaleza subterrânea, equipada com academias, jardins e um restaurante sofisticado. Migue Amoedo, diretor artístico, acredita que La Casa de Papel foi um divisor de águas para a indústria, afirmando que agora possuem “a receita” para criar novos sucessos. Desde 2017, a Netflix produziu quase mil filmes e séries na Espanha, solidificando o país como um centro de produção audiovisual.
Os roteiristas Alex Pina e Esther Martinez Lobato, responsáveis por La Casa de Papel e seu spin-off Berlim, destacam a capacidade das histórias locais de ressoar globalmente. Pina observa que a Netflix não exigiu adaptações nas narrativas, permitindo que a essência das histórias espanholas se mantenha intacta.
Investimentos e Tecnologia
A Netflix inaugurou seus primeiros estúdios fora dos Estados Unidos em 2019, na periferia de Madri, e anunciou um investimento significativo em produções espanholas. O estúdio Tres Cantos, com 22 mil metros quadrados, combina elementos tradicionais com tecnologia de ponta, como platôs digitais.
Victor Marti, chefe de produção local, enfatiza que a tecnologia utilizada permite encurtar a distância entre o cinema espanhol e o americano. O refúgio atômico foi filmado em sua maior parte em ambientes fechados, utilizando um platô gigante que possibilita a criação de cenários variados, como paisagens urbanas e naturais.
Com essa nova aposta, a Netflix reafirma seu compromisso com a produção de conteúdo em espanhol, buscando não apenas expandir seu catálogo, mas também fortalecer a indústria audiovisual na Espanha.