- Juliette Binoche estreia como diretora com o filme In-I In Motion, que documenta os ensaios e a performance da obra de dança In-I.
- A estreia ocorre no Festival de San Sebastián e reflete suas experiências emocionais e físicas durante o processo criativo.
- A peça In-I, criada em parceria com o coreógrafo Akram Khan, aborda temas como racismo e discriminação, resultando de seis meses de ensaios.
- Binoche revela que a ideia de filmar surgiu após uma conversa com Robert Redford, que assistiu à peça em Nova York.
- A diretora destaca a importância de expressar emoções através da dança e comenta sobre a responsabilidade dos artistas em se posicionar em questões sociais atuais.
Juliette Binoche, atriz francesa renomada, estreia como diretora com o filme In-I In Motion, que documenta os ensaios e a performance da obra de dança In-I, criada em parceria com o coreógrafo Akram Khan em 2009. A estreia ocorre no Festival de San Sebastián, onde Binoche reflete sobre suas experiências emocionais e físicas durante o processo criativo.
A obra In-I foi resultado de seis meses de ensaios, onde Binoche e Khan exploraram suas vulnerabilidades. A peça aborda temas como racismo e discriminação, unindo as vivências de um homem muçulmano e de uma mulher no mundo do cinema. A performance foi apresentada em 100 funções ao redor do mundo, recebendo elogios pela fusão de dança e atuação.
Durante a produção de In-I In Motion, Binoche revela que a ideia de filmar surgiu após uma conversa com Robert Redford, que assistiu à peça em Nova York e a incentivou a registrar o espetáculo. Após 15 anos guardadas, as gravações dos ensaios foram finalmente transformadas em um filme, que mostra não apenas o resultado final, mas também os desafios enfrentados pela atriz.
Binoche compartilha que o processo foi intenso e emocionalmente desgastante, levando-a a momentos de dúvida e frustração. Ela destaca a importância de expressar suas emoções através da dança, algo que não havia experimentado antes. O filme também aborda experiências pessoais de ambos os artistas, incluindo traumas e desafios que moldaram suas vidas.
A diretora expressa seu desejo de continuar a contar histórias, embora reconheça que a falta de tempo e recursos seja um obstáculo. Com sua própria produtora agora, Binoche está aberta a novos projetos, mas ressalta a necessidade de financiamento para realizá-los.
Em um contexto atual de tensões sociais, Binoche também comenta sobre a responsabilidade dos artistas em se posicionar. Ela apoia a declaração do festival em solidariedade ao povo palestino, enfatizando a complexidade das emoções diante da brutalidade dos conflitos.