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Diretor do drama sobre o ataque ao Bataclan rejeita acusações de indecência

Diretor de série sobre sobreviventes do Bataclan defende filmar no teatro, afirma fidelidade; famílias divergem; estreia coincide com o décimo aniversário

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
People walk in front of the Bataclan concert hall in Paris in 2016, the year after the attack. Photograph: Miguel Medina/AFP/Getty Images
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  • O diretor Jean-Xavier de Lestrade defendeu filmar a mini-série Des Vivants no Bataclan, local do ataque de 2015 que deixou 130 mortos, afirmando que filmar em outro espaço seria “trickery”.
  • A autorização para gravar no Bataclan veio apenas após uma carta conjunta dos sobreviventes; o diretor disse que a narrativa está profundamente ligada ao espaço dos acontecimentos.
  • A produção, que usa atores para dramatizar as experiências de sete sobreviventes, foi lançada na semana anterior ao décimo aniversário da tragédia.
  • A recepção é mista: Arthur Dénouveaux, presidente da Life for Paris, disse que filmar no local desfocou a linha entre ficção e realidade, gerando desconforto em muitos sobreviventes e familiares; ele não assistirá à série.
  • Philippe Duperron, presidente da associação 13onze15 e pai de uma vítima, afirmou que as opiniões entre familiares variam; alguns se opõem à filmagem no Bataclan, outros entendem que a escolha do local não diminui a dor.

O diretor Jean-Xavier de Lestrade defendeu a decisão de filmar a mini-série Des Vivants no Bataclan, local do ataque terrorista de 2015 que resultou em 130 mortos. A produção, que narra as experiências de sobreviventes, foi lançada na semana que antecede o décimo aniversário da tragédia. O cineasta rejeitou críticas de indecência, afirmando que os sobreviventes desejavam que suas histórias fossem retratadas no local onde viveram momentos de horror.

A autorização para filmar no Bataclan não foi obtida inicialmente, mas foi concedida após uma carta conjunta dos sobreviventes. De Lestrade ressaltou que filmar em outro lugar seria “trickery”, pois a narrativa está profundamente ligada ao espaço onde os eventos ocorreram. Ele destacou que a série busca honrar a memória das vítimas e proporcionar uma experiência autêntica aos espectadores.

Reações Mistas

A recepção da mini-série, no entanto, é polarizada. Arthur Dénouveaux, presidente da associação *Life for Paris*, expressou que a filmagem no local “desfocou as linhas entre ficção e realidade”, causando desconforto em muitos sobreviventes e familiares. Dénouveaux, que sobreviveu ao ataque, afirmou que não assistirá à série, preferindo não misturar suas memórias com a ficção.

Por outro lado, Philippe Duperron, presidente da associação *13onze15* e pai de uma das vítimas, comentou que as opiniões entre os familiares variam. Enquanto alguns se opõem à filmagem no Bataclan, outros entendem que a escolha do local não altera a dor da perda. Ele enfatizou que a vida deve continuar, apesar da tragédia.

A série Des Vivants se propõe a contar a história de sete sobreviventes que tentam reconstruir suas vidas após o ataque, utilizando atores para dramatizar suas experiências. O debate em torno da produção revela as complexidades de abordar tragédias em espaços que foram palco de dor e sofrimento.

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