- Nova pesquisa da curadora Alexandra van Dongen aponta que um caixote indiano-português do século XVII retratado em Mistress and Maid e A Lady Writing é possivelmente a única peça sobrevivente, com divulgação no livro De tastbare wereld van Johannes Vermeer, a ser lançado em 20 de novembro.
- O caixote, feito em Cochin, na Índia, combina design indiano e português; objetos assim eram extremamente raros e valiosos na Holanda do século XVII.
- Van Dongen sugere que Vermeer pode ter tido acesso ao exemplar em seu estúdio, o que explicaria a presença do caixote nas duas pinturas.
- A pesquisa aponta que Maria de Knuijt, uma das maiores patronas de Vermeer, pode ter solicitado a inclusão do caixote, já que possuía cerca de 20 das cerca de 37 pinturas do artista.
- Além do caixote, a curadora analisa objetos comuns nas obras, como o pote de cerâmica em The Milkmaid, originário de Oosterhout; a variedade de itens — do luxo ao cotidiano — mostra a habilidade de Vermeer em representar a realidade com precisão.
Uma nova pesquisa da curadora Alexandra van Dongen revela que um caixote indiano-português, retratado em duas obras de Johannes Vermeer, é possivelmente a única peça sobrevivente do século XVII. O achado será divulgado no livro *De tastbare wereld van Johannes Vermeer*, a ser lançado em 20 de novembro.
O caixote, que aparece nas pinturas *Mistress and Maid* e *A Lady Writing*, foi feito em Cochin, na Índia, e combina elementos de design indiano e português. Van Dongen destaca que tais objetos eram extremamente raros e valiosos na Holanda do século XVII, sugerindo que Vermeer, provavelmente, teve acesso a um exemplar em seu estúdio.
A pesquisa aponta que Maria de Knuijt, uma das maiores patronas de Vermeer, pode ter sido a responsável pela inclusão do caixote em suas obras. Knuijt é conhecida por ter adquirido pelo menos 20 das cerca de 37 pinturas do artista. Assim, é plausível que ela tenha solicitado a inclusão de seu precioso caixote nas obras, que acredita-se terem pertencido a sua coleção.
Além do caixote, Van Dongen também analisa objetos mais comuns nas pinturas de Vermeer. Um exemplo é o pote de cerâmica em *The Milkmaid*, que ela identifica como originário de Oosterhout, na Holanda. Essa diversidade de objetos, que vão do luxuoso ao cotidiano, reflete a habilidade de Vermeer em representar a realidade de maneira precisa.