- A exposição Resonant Histories estreou no Chhatrapati Shivaji Maharaj Vastu Sangrahalaya (CSMVS), em Mumbai, reunindo obras do Barjeel Art Foundation, de Sharjah, e da Jehangir Nicholson Art Foundation (JNAF). A mostra fica em cartaz até 16 de fevereiro de 2026 e reúne mais de 40 peças.
- A curadoria analisa a relação entre o modernismo indiano e árabe do século XX, destacando semelhanças visuais e ideológicas entre artistas de ambas as regiões, como Marwan Kassab-Bachi, Francis Newton Souza e Krishen Khanna.
- Entre as obras, destacam-se peças que abordam temas como a fome na Índia independente, de Chittroprasad Bhattacharya, e o impacto da guerra indo-paquistanesa de 1971, de Krishen Khanna.
- A curadora Suheyla Takesh afirma que a mostra evidencia trocas culturais diretas entre artistas de origens diferentes, com exemplos de viajantes árabes à Índia durante o movimento dos Não-Alinhados; Nazek Hamdi, com The Lotus Girl (1955), é citada.
- Puja Vaish, diretora da JNAF, diz que a exposição é um ponto de partida para futuras pesquisas e reconhece a necessidade de incluir artistas sul-asiáticos fora da Índia para ampliar a representação.
A exposição Resonant Histories foi inaugurada recentemente no Chhatrapati Shivaji Maharaj Vastu Sangrahalaya (CSMVS), em Mumbai, reunindo obras do Barjeel Art Foundation, de Sharjah, e da Jehangir Nicholson Art Foundation (JNAF). A mostra, que ficará em cartaz até 16 de fevereiro de 2026, explora a relação entre o modernismo indiano e árabe do século XX, apresentando mais de 40 peças.
A curadoria da exposição destaca semelhanças visuais e ideológicas entre artistas de ambas as regiões, como Marwan Kassab-Bachi, Francis Newton Souza e Krishen Khanna. A proposta é evidenciar as conexões estéticas que surgiram sob a influência do colonialismo, refletindo sobre a liberdade e suas complexidades. Por exemplo, obras de Chittroprasad Bhattacharya retratam a dura realidade da fome na Índia independente, enquanto Krishen Khanna aborda o impacto da guerra indo-paquistanesa de 1971.
Diálogo Cultural
A curadora Suheyla Takesh enfatiza que a exposição não apenas conecta obras visualmente, mas também sugere trocas culturais diretas entre artistas de diferentes origens. Artistas árabes, por exemplo, viajaram para a Índia durante o movimento dos Não-Alinhados, absorvendo influências estéticas locais. Um exemplo é a obra The Lotus Girl (1955) da artista egípcia Nazek Hamdi, que reflete a estética da arte folclórica bengali.
A diretora da JNAF, Puja Vaish, ressalta que a mostra é um ponto de partida para futuras pesquisas, afirmando que “esta é a forma como a história da arte é construída”. A intenção é criar um discurso histórico por meio da arte, embora a curadoria reconheça a necessidade de incluir artistas sul-asiáticos de fora da Índia para uma representação mais abrangente.
A exposição Resonant Histories marca um passo significativo na construção de um diálogo artístico entre as tradições indiana e árabe, prometendo abrir caminhos para novas investigações no campo da história da arte.