- O caso de Ângela Diniz, morta em 1976 pelo namorado Doca, é marco da luta feminista brasileira e é retratado na série da HBO Max, Ângela Diniz: Assassinada e Condenada, com Marjorie Estiano no papel principal, destacando o machismo estrutural no julgamento em que o assassinato foi absolvido sob a alegação de defesa da honra.
- Thiago Lacerda, que interpreta Ibrahim Sued na série, defende a urgência de homens debaterem o machismo e reconhecer privilégios, afirmando que é preciso coragem para revisitar o tema.
- Em entrevista, ele afirmou que não se pode eximir da responsabilidade de participar do debate e que as mudanças são graduais, mas necessárias para semear a reflexão.
- Lacerda, pai de três filhos, comenta ter sido criado em contexto machista e enfatiza a importância de promover mudanças, afirmando que a história de Ângela deve ser revisitada para provocar reflexão sobre padrões sociais ainda presentes.
- A série funciona como convite à reflexão sobre a cultura machista no Brasil, mostrando que o entretenimento pode ser parte de discussões sociais relevantes e apresentando o papel dos homens no debate.
O caso de Ângela Diniz, assassinada em 1976 pelo namorado Doca, é um marco na luta feminista brasileira, retratado na série da HBO Max, “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”. A produção, com Marjorie Estiano no papel principal, destaca o machismo estrutural presente no julgamento do crime, onde o assassino foi absolvido com a alegação de “defesa da honra”.
Recentemente, o ator Thiago Lacerda, que interpreta Ibrahim Sued na série, enfatizou a importância de discutir o machismo entre os homens. Em entrevista, ele afirmou que é urgente reconhecer os privilégios masculinos e a necessidade de coragem para confrontar esse tema. “É preciso não se eximir da responsabilidade de participar desse debate”, declarou Lacerda.
O papel do homem no debate sobre machismo
O ator, pai de três filhos, reflete sobre sua criação em um contexto machista e a responsabilidade de promover mudanças. Ele acredita que a história de Ângela deve ser revisitada para provocar uma reflexão sobre os padrões sociais que ainda persistem. “Somos todos produtos dessas circunstâncias históricas”, afirmou.
Lacerda reconhece que o diálogo é o primeiro passo para mudanças significativas. “Como você transforma uma estrutura milenar? Imagino que não seja rápido”, ponderou. Para ele, é fundamental que os homens participem ativamente das discussões sobre machismo, pois as transformações sociais exigem um esforço coletivo e contínuo.
A série não apenas narra o trágico destino de Ângela, mas também serve como um convite à reflexão sobre a cultura machista que ainda influencia a sociedade brasileira. A participação de Lacerda na produção é um exemplo de como o entretenimento pode ser uma plataforma para discutir questões sociais relevantes.