23 de jul 2025
Ceará alerta sobre impacto devastador de tarifas com 52% de exportações para os EUA
Ceará enfrenta nova taxação de 50% sobre exportações para os EUA, impactando a economia local e a indústria do aço.

Termina portuário do Complexo do Pecém (CE), de onde parte as cargas em navios para outros países (Foto: TATIANA FORTES / GOV DO CEARÁ)
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O Ceará se destaca como o estado brasileiro que mais exporta para os EUA, com 52% de suas exportações destinadas a esse mercado. No entanto, uma nova taxação de 50% sobre produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, gera preocupações entre empresários e autoridades locais, que buscam alternativas para mitigar os impactos.
No primeiro semestre de 2025, as vendas cearenses para os EUA ultrapassaram meio bilhão de dólares, representando um crescimento de 184% em relação ao mesmo período de 2024. O estado lidera as exportações do Nordeste, superando a Bahia e o Maranhão. Augusto Fernandes, CEO da JM Negócios Internacionais, alerta que essa tarifa pode ser "uma bomba atômica" para a economia local, afetando diretamente a cadeia produtiva.
Impactos na Cadeia Produtiva
Os EUA sempre foram os maiores compradores de produtos cearenses, representando 49,7% das exportações em 2000. A nova taxação chega em um momento de crescimento, com um superávit de US$ 342,7 milhões no primeiro semestre. Karina Frota, gerente do Centro Internacional de Negócios da FIEC, destaca que a diversificação da pauta exportadora é crucial, mas a dependência do mercado americano pode causar um efeito cascata negativo.
A indústria do aço, que emprega cerca de 10 mil trabalhadores, teme os impactos da taxação. Francisco Antônio Oliveira Silveira, coordenador-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do Ceará, afirma que a redução nas vendas pode levar a uma diminuição na produção e, consequentemente, nos empregos.
Buscando Novos Mercados
Diante da incerteza, o governo do Ceará já iniciou diálogos com autoridades federais e o setor produtivo. O governador Elmano de Freitas se reuniu com empresários de setores estratégicos, como aço e pescados, para discutir medidas que protejam a economia local. A busca por novos mercados e a redução de barreiras comerciais são prioridades, especialmente para produtos como pescados, que enfrentam restrições desde 2018.
As empresas cearenses estão explorando alternativas para minimizar os efeitos da taxação, com foco em mercados internacionais e nacionais. A situação exige uma estratégia comercial robusta para garantir a competitividade e a manutenção dos empregos no estado.
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