- A exumação de um cemitério em Tuam, Irlanda, começou em 2023.
- Estima-se que quase 800 crianças tenham sido enterradas em condições precárias no local.
- O processo é supervisionado por um Diretor de Intervenção Autorizada, criado para garantir a identificação dos restos mortais.
- A escavação é parte de um esforço para confrontar o legado de abusos em lares para mães e bebês na Irlanda.
- A Institucional Burials Act, aprovada em 2022, permite a exumação e identificação dos restos mortais.
A exumação de um cemitério em Tuam, Irlanda, teve início em 2023, revelando a triste história de um antigo lar para mães e bebês. Estima-se que quase 800 crianças tenham sido enterradas em condições precárias no local, que simboliza o descaso enfrentado por mães solteiras e seus filhos ao longo das décadas.
O processo de exumação é supervisionado por um Diretor de Intervenção Autorizada, criado para garantir a recuperação e identificação dos restos mortais. A escavação é parte de um esforço mais amplo para confrontar o legado de abusos e separações forçadas que marcaram a história dos lares para mães e bebês na Irlanda.
A história do local remonta ao século XIX, quando o trabalho de assistência social começou a ser realizado em Tuam. Desde então, diversos eventos trágicos ocorreram, incluindo a morte de milhares de crianças devido a maus-tratos e negligência. Em 2012, a historiadora Catherine Corless revelou que 796 crianças morreram na instituição, mas não havia registros de sepultamento.
Em resposta à pressão pública, o governo irlandês anunciou investigações em 2014, levando à criação da Comissão de Investigação em 2015. Em 2021, um relatório final indicou que cerca de 9.000 crianças morreram em instituições semelhantes entre 1922 e 1998. Em 2022, a Institucional Burials Act foi aprovada, permitindo a exumação e identificação de restos mortais.
A exumação em Tuam é um passo significativo para reconhecer e honrar a memória das crianças que sofreram em um sistema que as marginalizou. A escavação continua a atrair atenção nacional e internacional, destacando a necessidade de justiça e reparação para as vítimas e suas famílias.