- Pais costumam tentar alegrar os filhos em momentos de tristeza, mas essa prática pode prejudicar o desenvolvimento emocional.
- A psicóloga Becky Kennedy, da Universidade de Columbia, recomenda que os pais ofereçam apoio sem tentar resolver todos os problemas.
- Segundo Kennedy, o foco deve ser ajudar as crianças a lidarem com frustrações, promovendo resiliência e autoconfiança.
- A especialista Aliza Pressman destaca que entender falhas como oportunidades de aprendizado é essencial para o crescimento emocional.
- Kennedy afirma que essa abordagem pode ajudar tanto pais quanto filhos a lidarem melhor com frustrações e a regular emoções de forma mais eficaz.
Os pais costumam tentar alegrar seus filhos em momentos de tristeza, mas essa abordagem pode ser prejudicial ao desenvolvimento emocional das crianças. A psicóloga Becky Kennedy, formada pela Universidade de Columbia, alerta que essa tentativa de “salvar” os filhos pode comprometer a resiliência deles.
Kennedy enfatiza que o papel dos pais não é garantir a felicidade dos filhos, mas sim oferecer apoio e escuta. “Nos momentos difíceis, nosso trabalho é ver uma versão mais capaz de nossos filhos do que eles conseguem enxergar”, afirma a especialista. Essa perspectiva ajuda as crianças a lidarem com suas frustrações e a desenvolverem autoconfiança.
A psicóloga ressalta que o aprendizado é um processo complicado, que envolve erros e frustrações. “Se os pais se concentram apenas em fazer as crianças felizes, estão privando-as da oportunidade de aprender a gerenciar suas emoções”, explica. Quando as crianças enfrentam desafios, como dificuldades em matemática, é fundamental que elas busquem soluções por conta própria, mesmo que isso envolva choro ou resistência.
A Importância da Resiliência
Kennedy sugere que uma abordagem empática e firme pode validar os sentimentos das crianças, ao mesmo tempo que promove a resiliência. “Quando as crianças entendem que suas falhas não são limitações permanentes, elas se abrem para futuras conquistas”, afirma a psicóloga Aliza Pressman. Essa habilidade é essencial para que se tornem adultos emocionalmente inteligentes e bem-sucedidos.
Adotar essa nova abordagem pode ser desafiador para os pais que costumam ceder às emoções dos filhos. No entanto, Kennedy garante que, ao seguir suas orientações, tanto pais quanto filhos podem desenvolver maior resiliência. “Você perceberá que consegue lidar melhor com a frustração deles e que eles aprendem a regular suas emoções de forma mais eficaz”, conclui.