Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Famílias numerosas se tornam o novo símbolo de status entre os ultrarricos em 2025

A nova tendência de famílias numerosas entre ricos redefine o conceito de status, desafiando a realidade da parentalidade contemporânea

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Hannah Neeleman, 34, com dez milhões de seguidores no Instagram, é uma das mais seguidas influenciadoras do estilo de vida "trad wife"; ela tem oito filhos (Foto: Reprodução/Instagram/Hannah Neeleman)
0:00 0:00
  • Em 2025, ter muitos filhos se torna um símbolo de status nas economias desenvolvidas, influenciado por figuras como Hannah Neeleman, que tem dez milhões de seguidores no Instagram e é mãe de oito filhos.
  • A taxa de natalidade atinge mínimas históricas, com 1,44 filho por mulher no Reino Unido e 1,6 nos Estados Unidos.
  • Historicamente, famílias numerosas eram vistas como necessárias devido à alta mortalidade infantil e à demanda por mão de obra, mas atualmente, crianças são consideradas um dreno financeiro.
  • A cultura de famílias numerosas é promovida por celebridades e influenciadores, enquanto a classe média tende a optar por famílias menores.
  • Marcas de luxo adaptam-se a essa nova realidade, oferecendo produtos caros voltados para a parentalidade, refletindo um ideal de vida que muitos aspiram, mas que é inatingível para a maioria.

Em 2025, ter muitos filhos se transforma em um novo símbolo de status nas economias desenvolvidas, impulsionado por influenciadoras como Hannah Neeleman, que possui dez milhões de seguidores no Instagram e é mãe de oito filhos. Esse fenômeno ocorre em um contexto onde a natalidade atinge mínimas históricas em diversos países, como 1,44 filho por mulher no Reino Unido e 1,6 nos EUA.

Historicamente, ter uma prole numerosa era associado à necessidade econômica e à alta mortalidade infantil. Contudo, atualmente, as crianças são vistas como um dreno financeiro. Eliza Filby, autora de “Inheritocracy”, observa que para famílias de classe média, sustentar filhos até os 30 anos é comum, especialmente com o custo elevado de creches e a falta de apoio familiar.

A Fetichização da Maternidade

A crescente fetichização da maternidade entre famílias ricas contrasta com a realidade de muitos pais. Enquanto a cultura parental de classe média tende a favorecer famílias menores, a imagem de famílias numerosas de celebridades, como os Baldwin e os Kardashian, se torna cada vez mais popular. Alec e Hilaria Baldwin, por exemplo, atraem atenção com seu reality show que retrata a vida com sete filhos.

Esse novo ideal de família grande é especialmente visível entre o 1% mais rico, onde ter quatro ou cinco filhos já não é considerado incomum. O livro “Primatas da Park Avenue” de Wednesday Martin destaca que, em áreas como o Upper East Side, famílias numerosas são uma norma, refletindo um estilo de vida que muitos aspiram.

O Papel das Marcas de Luxo

Marcas de luxo também estão se adaptando a essa nova realidade. Produtos como carregadores de bebê de veludo por US$ 800 e roupas infantis de grife são exemplos de como a parentalidade se torna um símbolo de status. O estrategista de marcas Eugene Healey afirma que essa mudança reflete uma tentativa da indústria de se conectar com valores familiares em um momento de queda na demanda por produtos de luxo.

Além disso, a forma como as celebridades gerenciam suas famílias, frequentemente com exércitos de apoio doméstico, cria uma versão da parentalidade que é inatingível para a maioria. Essa representação glamorizada não reflete a experiência da maioria das pessoas, mas sim um ideal que muitos consomem como uma forma de escapismo.

A Nova Realidade da Parentalidade

A procriação bilionária, defendida por figuras como Elon Musk, que possui 14 filhos, destaca a visão de que ter muitos filhos é uma forma de garantir um futuro promissor. No entanto, essa narrativa pode marginalizar mulheres que optam por não ter filhos ou que enfrentam dificuldades econômicas.

A crescente popularidade das trad wives nas redes sociais, que glorificam o papel da esposa e mãe, representa um fenômeno complexo. Embora algumas vejam isso como um retorno a valores tradicionais, muitos também reconhecem que essa é uma fantasia distante da realidade da maioria das famílias. A interação com essas imagens pode ser tanto uma forma de entretenimento quanto uma reflexão sobre as aspirações contemporâneas em um mundo cada vez mais incerto.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais