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Empresas se preparam para atender a demanda da geração prateada de consumidores

Público acima de 50 anos enfrenta dificuldades para encontrar produtos adequados, apesar de seu potencial econômico significativo.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
A primeira loja física da Nordestesse em São Paulo, inaugurada em 2022, funcionou por um ano e deu lugar a um modelo itinerante que percorre o Brasil durante o verão (Foto: Reprodução).
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  • O público acima de 50 anos no Brasil deve movimentar R$ 3,8 trilhões do PIB até 2044, segundo estudo do Data8.
  • Quatro em cada dez brasileiros acima de 55 anos enfrentam dificuldades para encontrar produtos e serviços adequados.
  • A pesquisa indica que 56% dos entrevistados sentem falta de opções em vestuário, calçados e acessórios.
  • A presença de trabalhadores acima de 60 anos cresceu quase 70% desde 2012, refletindo a “revolução da longevidade”.
  • Iniciativas como a SHE_Talks e o Pacto Prateado do Grupo Boticário buscam atender as necessidades desse público, combatendo o etarismo e promovendo produtos voltados para a saúde e bem-estar.

Na contramão da percepção de que o consumo no Brasil é dominado por jovens, o público acima de 50 anos se destaca como um importante motor econômico. Um estudo do Data8 projeta que esse grupo deve movimentar R$ 3,8 trilhões do PIB até 2044. Apesar desse potencial, quatro em cada dez brasileiros acima de 55 anos relatam dificuldades em encontrar produtos e serviços adequados às suas necessidades.

A pesquisa revela que 56% dos entrevistados sentem falta de opções em vestuário, calçados e acessórios. Lívia Hollerbach, do Data8, enfatiza que as marcas devem considerar não apenas a estética, mas também a funcionalidade dos produtos para essa faixa etária. Sete em cada dez pessoas acima de 50 anos se mantêm financeiramente com seus próprios rendimentos, e três em cada dez ainda ajudam filhos e netos.

Oportunidades no Mercado

A crescente presença de trabalhadores acima de 60 anos, que aumentou quase 70% desde 2012, reflete a chamada “revolução da longevidade”. Michelle Queiroz, da Fundação Dom Cabral, observa que a expectativa de vida e a queda na taxa de fecundidade são fatores que contribuem para essa mudança. Embora a maioria das marcas ainda não atenda adequadamente a esse público, iniciativas como a Nordestesse, que reúne marcas focadas em conforto, começam a atender essa demanda.

Thais Farage, pesquisadora em consumo, destaca que as mulheres acima de 50 anos estão mais ativas e exigentes em suas escolhas. Elas buscam roupas que valorizem seu corpo e estilo de vida, em vez de se conformar com padrões ultrapassados. A figura da “velha ridícula” na moda está em desuso, e as marcas precisam se adaptar a essa nova realidade.

Desafios da Indústria

Apesar do poder de compra do público maduro, que injetou R$ 1,8 trilhão no consumo privado em 2022, a indústria ainda apresenta resistência em atender a esse segmento. Queiroz aponta que a visão da indústria sobre o consumidor 50+ é frequentemente “infantilizada”. Para mudar essa percepção, é essencial que as empresas escutem esse público e realizem pesquisas de mercado.

Empreendedores acima de 50 anos estão criando soluções para atender suas próprias necessidades. Um exemplo é a SHE_Talks, que surgiu para abordar temas como menopausa e saúde feminina. Com um investimento inicial de R$ 2 milhões, a startup desenvolveu uma linha de produtos de suplementação nutricional, visando oferecer qualidade de vida para mulheres a partir dos 40 anos.

O Grupo Boticário também se destaca ao lançar o Pacto Prateado, uma iniciativa para combater o etarismo e valorizar a diversidade etária. A empresa ampliou seu portfólio para atender mulheres na menopausa e recebeu a certificação Age Friendly, reconhecendo suas políticas para atrair e reter profissionais acima de 50 anos.

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