64% dos cristãos não compartilham a fé em Jesus, revela nova pesquisa

Uma pesquisa do Barna Group revela que 64% dos cristãos nunca evangelizaram, evidenciando uma desconexão entre crença e ação. Apenas 19% dos entrevistados sentem a responsabilidade de compartilhar sua fé, o que levanta preocupações sobre a prática religiosa atual.

Os dados mostram que, mesmo entre os que frequentam cultos regularmente, a maioria nunca esteve envolvida na transformação espiritual de outra pessoa. O colunista Clayton Hayes destaca que a missão de evangelizar, central para o cristianismo, parece ter sido delegada a líderes religiosos e missionários, em vez de ser vista como uma responsabilidade individual.

Mudanças Culturais

O clima cultural atual, que muitas vezes é hostil a conversas religiosas, contribui para essa apatia. O medo de ofender ou ser rejeitado faz com que muitos cristãos optem pelo silêncio. Além disso, a pesquisa indica que apenas 17% dos fiéis admitiram não ter compartilhado o Evangelho no último ano, o que sugere uma negligência espiritual alarmante.

Hayes observa que a Igreja pode ter se desviado do foco em conversas pessoais sobre a fé, priorizando eventos comunitários e conteúdo online. Essa mudança cultural dentro da Igreja pode estar impactando a disposição dos cristãos em evangelizar.

Compreensão do Evangelho

Um equívoco comum entre os cristãos é a crença de que é necessário ter formação teológica para evangelizar. Na realidade, compartilhar a fé pode começar com simples atos de amizade e honestidade. O colunista enfatiza que evangelizar não é um esforço para "fechar uma venda", mas sim para "abrir uma porta" para conversas significativas.

A pesquisa também revela que apenas 25% dos cristãos se sentem confiantes para responder a perguntas sobre sua fé. Essa falta de confiança pode ser um obstáculo, mas também uma oportunidade para aprender e crescer. Hayes ressalta que todos os cristãos são chamados a ser testemunhas, mesmo que isso signifique apenas orar por um amigo ou convidar alguém para a igreja.

A situação atual exige uma reflexão sobre o papel do cristão na sociedade. A fé não deve ser privada ou silenciosa, mas sim um testemunho ativo da transformação que o Evangelho pode trazer.