28 de jul 2025
Expectativas e desafios na reunião da ONU sobre solução de dois Estados para Israel e Palestina
França e Arábia Saudita lideram reunião da ONU sobre solução de dois estados, enquanto Israel e EUA se opõem à iniciativa.
Palestinos carregam sacos de farinha descarregados de um comboio de ajuda humanitária que chegou a Gaza City, na faixa de Gaza, no domingo, 27 de julho de 2025. (Foto: AP Photo/Abdel Kareem Hana)
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A Assembleia Geral da ONU promoveu uma reunião crucial para discutir a solução de dois estados no conflito Israel-Palestina, com a participação de altos funcionários, co-presidida por França e Arábia Saudita. O evento, que ocorre em um contexto de crescente tensão, é boicotado por Israel e Estados Unidos, que consideram a iniciativa contraproducente.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, destacou que a solução de dois estados está mais distante do que nunca, citando a devastação em Gaza e a ameaça de anexação da Cisjordânia por Israel. Ele enfatizou a necessidade de ações concretas para reverter essa situação. O Ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou que a reunião deve ser um ponto de virada para a implementação da solução, enquanto seu colega saudita, Príncipe Faisal bin Farhan, a classificou como uma etapa histórica.
Palestinos e seus aliados pedem reconhecimento internacional imediato de um estado palestino. O Primeiro-Ministro palestino, Mohammed Mustafa, ressaltou que o reconhecimento é essencial para preservar a Palestina. A reunião, que foi adiada e reduzida em escopo, ocorre em meio a um cenário de conflitos, incluindo a guerra em Gaza e a recente guerra entre Israel e Irã.
A França anunciou que reconhecerá oficialmente um estado palestino, tornando-se a principal potência ocidental a fazê-lo, enquanto cerca de 145 países já o fizeram. Essa decisão é vista como uma resposta à crescente indignação global sobre a situação humanitária em Gaza.
Israel, sob a liderança de Benjamin Netanyahu, rejeita a solução de dois estados, argumentando que isso comprometeria a segurança e a identidade nacional. O governo israelense considera a Cisjordânia parte de sua herança histórica e se opõe a qualquer proposta que possa resultar na perda de sua maioria demográfica.
A reunião da ONU, que conta com a participação de 193 países, busca definir ações concretas para a implementação da solução de dois estados, mas a ausência de Israel e dos EUA levanta dúvidas sobre a possibilidade de avanços significativos nas negociações de paz. Guterres pediu que a comunidade internacional mantenha viva a esperança de um futuro em que israelenses e palestinos coexistam em paz e segurança.
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