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A espiritualidade se torna tendência no mundo da arte contemporânea

Hilma af Klint ressurge como ícone de espiritualidade e feminismo, refletindo a busca por novas conexões em tempos de crise global

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Hilma af Klint: Bétula, 1922. (Foto: Hilma af Klint Foundation, Estocolmo)
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  • Hilma af Klint, artista sueca, ganhou destaque após sua retrospectiva no Guggenheim em 2018, que atraiu grande público.
  • Desde então, suas obras têm sido exibidas em museus como o Museu de Arte Moderna de Nova York e o Tate Modern.
  • O crescente interesse por af Klint reflete uma busca por valores espirituais e feministas em um contexto de crise social e ambiental.
  • A curadora Jennifer Higgie, em seu livro de 2023, aponta que a popularidade da artista está ligada à necessidade de novas formas de habitar o planeta.
  • A valorização da espiritualidade na arte contemporânea é uma tendência que inclui exposições que exploram a relação entre arte e espiritualidade, destacando a interconexão entre todos os seres.

O Renascimento de Hilma af Klint

Hilma af Klint, artista sueca visionária, voltou a ser destaque nas artes após sua retrospectiva no Guggenheim em 2018, que quebrou recordes de público. Desde então, sua obra tem sido celebrada em exposições ao redor do mundo, incluindo o Museu de Arte Moderna de Nova York e o Tate Modern.

O interesse crescente por af Klint reflete uma busca por valores espirituais e feministas em tempos de crise social e ambiental. A artista, que ficou esquecida por décadas, agora é vista como um símbolo de resistência ao materialismo contemporâneo. Sua obra, marcada por abstrações luminosas, oferece um alívio em meio ao caos atual.

A curadora Jennifer Higgie, em seu livro de 2023, destaca que a popularidade de af Klint é um reflexo da necessidade de novas formas de habitar o planeta. O momento atual, repleto de incertezas, tem levado muitos a buscar conexões mais profundas com a espiritualidade e a natureza. Af Klint, com suas obras que misturam ciência e espiritualidade, se torna um ícone nesse movimento.

A Espiritualidade nas Artes

O fenômeno af Klint é parte de uma tendência mais ampla no mundo da arte, que busca resgatar tradições espirituais e femininas. Exposições recentes têm explorado a relação entre arte e espiritualidade, destacando artistas como María Magdalena Campos-Pons e Carrie Mae Weems, que abordam temas de religiosidade e identidade cultural.

As obras de af Klint, especialmente suas “Nature Studies”, revelam uma fusão de preocupações científicas e espirituais, incorporando diagramas geométricos que conectam plantas a campos energéticos invisíveis. Essa abordagem, descrita como “misticismo empírico”, sugere que a espiritualidade pode ser encontrada nas interações cotidianas com a natureza.

A crescente valorização da espiritualidade na arte contemporânea também se reflete em eventos como as Bienais de Veneza, que têm enfatizado a importância de mitos e práticas espirituais, muitas vezes a partir de uma perspectiva feminina. Essa nova abordagem busca não apenas questionar o materialismo, mas também reimaginar a relação da humanidade com o mundo natural.

O Impacto Cultural

O renascimento de Hilma af Klint e a valorização da espiritualidade nas artes contemporâneas indicam uma mudança significativa nas prioridades culturais. Em um momento de turbulência política e social, artistas estão se voltando para tradições espirituais que oferecem novas formas de entendimento e conexão com o mundo.

A arte de af Klint, assim como a de outras artistas contemporâneas, propõe uma reflexão sobre a interconexão entre todos os seres e a necessidade de um retorno a valores que priorizam a coletividade e a espiritualidade. Essa transformação no cenário artístico é um sinal de que, em tempos difíceis, a busca por significado e conexão se torna ainda mais urgente.

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