- Kemi Badenoch, líder dos Tories no Reino Unido, é uma mulher negra e ateia.
- Recentemente, ela afirmou à BBC que sua fé em Deus foi abalada após o caso de Joseph Fritzl, condenado por manter sua filha em cativeiro por 24 anos.
- O evento levanta questões sobre a presença do mal e o silêncio divino.
- Badenoch questiona como justificar a existência de Deus diante de atrocidades como essa.
- A reflexão sobre o mal é antiga, com diferentes visões na teologia e filosofia, mas a ausência de respostas definitivas continua a ser um desafio.
Kemi Badenoch, líder dos Tories no Reino Unido, se destaca como uma figura singular: mulher negra e ateia. Recentemente, ela compartilhou à BBC que sua fé em Deus foi abalada após o caso de Joseph Fritzl, que em 2008 foi condenado por manter sua filha em cativeiro por 24 anos. Este evento trágico levanta questões profundas sobre a existência do mal e o silêncio divino.
A reflexão sobre o mal é uma constante na teologia e filosofia. Badenoch questiona como justificar a presença de Deus diante de atrocidades como a de Fritzl. Para muitos, a resposta é clara: o mal existe porque Deus não. Outros, como os agnósticos, reconhecem os limites do conhecimento humano e a complexidade da questão. A ideia de um Deus limitado ou até maligno não pode ser descartada.
A busca por respostas sobre o sofrimento humano é antiga. Santo Agostinho argumentava que o mal é consequência da liberdade humana, enquanto Leibniz acreditava em um plano divino invisível. No entanto, a destruição causada por desastres naturais e pandemias desafia essa visão otimista. A ausência de respostas definitivas sobre o mal pode ser vista como uma forma de ceticismo, tanto em questões terrenas quanto celestiais.
A obra de Carlos Drummond de Andrade, especialmente o poema “A Máquina do Mundo”, oferece uma perspectiva interessante. O poeta sugere que não devemos exigir sentido para todas as experiências. Essa ideia ressoou com o autor do texto, que encontrou consolo na obra de Drummond em momentos de crise. A mensagem é clara: não devemos nos sentir obrigados a entender tudo. Kemi Badenoch, ao exigir respostas absolutas, pode estar se colocando em uma posição de desilusão.