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Novo templo rastafári em Nairóbi reafirma a resistência do movimento na capital queniana

Tribunal queniano reconhece Rastafarianismo como religião legítima e abre novo tabernáculo em Nairobi, refletindo sua crescente aceitação

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Membros da comunidade rastafári tocam tambores enquanto outros cantam e entoam cânticos durante uma celebração para marcar 133 anos desde o nascimento de Haile Selassie I no Teatro Nacional do Quênia em Nairóbi, Quênia, na quarta-feira, 23 de julho de 2025. (Foto: AP Photo/Andrew Kasuku)
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  • O Rastafarianismo foi reconhecido como uma religião legítima por um tribunal no Quênia.
  • A decisão permitiu a abertura de um novo tabernáculo em Ruai, nos arredores de Nairobi.
  • A mudança na percepção da religião começou em 2019, após a expulsão de uma estudante por usar dreadlocks.
  • A comunidade Rastafari tem crescido, especialmente entre os jovens, e é dividida em três “mansões”: Nyabinghi, Bobo Ashanti e as Doze Tribos de Israel.
  • Apesar do reconhecimento, os Rastafarianos ainda enfrentam estigmas e mal-entendidos, mas a aceitação da religião tem aumentado.

NAIROBI, Quênia (AP) — O Rastafarianismo, uma religião fundada em 1930, foi recentemente reconhecido como uma religião legítima por um tribunal queniano. Essa decisão permitiu a abertura de um novo tabernáculo em Ruai, nos arredores de Nairobi, onde fiéis se reuniram para celebrar com músicas e leituras de escrituras.

A mudança na percepção do Rastafarianismo no Quênia começou em 2019, quando uma estudante foi expulsa da escola por se recusar a cortar suas dreadlocks, um símbolo importante para os seguidores da religião. O tribunal decidiu que a prática religiosa deveria ser protegida, um veredicto que foi confirmado pela Suprema Corte.

Crescimento da Comunidade

Embora não haja dados exatos sobre o número de Rastafarianos no Quênia, a comunidade tem crescido, especialmente entre os jovens. Durante a inauguração do tabernáculo, cerca de 30 fiéis estiveram presentes. O movimento é dividido em três “mansões”: Nyabinghi, Bobo Ashanti e as Doze Tribos de Israel, cada uma representando grupos que se reúnem para adorar.

Os tabernáculos são construídos com postes de madeira e telhados de chapas de ferro, decorados nas cores tradicionais do Rastafarianismo: vermelho, amarelo e verde. A estética simples reflete a conexão da religião com a natureza e a espiritualidade.

Desafios e Percepções

Apesar do reconhecimento legal, os Rastafarianos ainda enfrentam estigmas e mal-entendidos. Muitas vezes, são vistos como preguiçosos ou associados ao uso de substâncias como a maconha, que é considerada sagrada em suas cerimônias. No entanto, a comunidade se destaca por sua espiritualidade afrocentrada e por promover a paz.

Ng’ang’a Njuguna, um dos líderes da mansão Nyabinghi, observa que a crescente curiosidade dos jovens sobre o estilo de vida Rastafari tem contribuído para a expansão da religião no país. Ele destaca a importância da conexão com a natureza e a busca por uma vida espiritual autêntica.

Christine Wanjiru, uma das membros mais antigas, relembra os desafios enfrentados no passado, quando a discriminação era comum. Contudo, ela afirma que a aceitação da religião tem aumentado, com mais pessoas se unindo à comunidade.

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