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Somalis celebram aniversário do Profeta Muhammad em procissões desafiadoras

Governo da Somália autoriza celebrações do Mawlid, resgatando tradição após anos de repressão por grupos extremistas.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Mulheres tiram selfies durante a celebração do Mawlid al-Nabi, em Mogadishu, Somália (Foto: Reprodução)
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  • A Somália celebrou o aniversário do Profeta Muhammad em um feriado público, permitindo a festividade conhecida como Mawlid.
  • O governo autorizou as celebrações, destacando sua importância com base em versículos do Alcorão.
  • As ruas de Mogadishu foram preenchidas por milhares de fiéis, com recitações do Alcorão e procissões organizadas por comunidades sufis.
  • A segurança foi reforçada durante os eventos, que ocorreram após a proibição imposta pelo grupo extremista al-Shabab até 2011.
  • Embora a celebração tenha apoio popular, há divergências entre estudiosos sobre sua conformidade com os ensinamentos islâmicos.

MOGADISHU, Somália — A Somália celebrou o aniversário do Profeta Muhammad nesta quinta-feira, marcando um feriado público que revive uma tradição há muito reprimida por grupos extremistas. A celebração, conhecida como Mawlid, foi autorizada pelo governo, que destacou a importância da festividade com base em versículos do Alcorão.

As ruas de Mogadishu foram tomadas por milhares de fiéis, muitos jovens vestidos de branco e agitando bandeiras verdes. As festividades incluíram recitações do Alcorão, canções religiosas e procissões, principalmente organizadas por comunidades sufis. A segurança foi reforçada, com forças armadas monitorando os eventos, mas a atmosfera festiva prevaleceu.

O governo somali, por meio do Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais, declarou o feriado para funcionários públicos e do setor privado. Sheikh Abati Abba Nur, um estudioso sufi, defendeu a celebração, afirmando que “celebrar o nascimento do profeta não contradiz os ensinamentos islâmicos.” No entanto, nem todos concordam. Sheikh Abdurahman Diriye, um estudioso wahhabita, argumentou que a festividade não era praticada durante a vida do profeta.

As celebrações do Mawlid foram banidas por al-Shabab, que considera a festividade uma inovação religiosa. Desde que o grupo foi expulso de Mogadishu em 2011, as celebrações têm retornado, crescendo a cada ano. Fadumo Abdulkadir, uma moradora local, ressaltou que as pessoas estão começando a reconhecer a importância deste dia.

Enquanto muitos países muçulmanos celebram o Mawlid como feriado, a prática ainda enfrenta resistência em algumas regiões, como na Arábia Saudita, onde a interpretação rigorosa do Islã não permite tais comemorações.

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