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Aumenta pela primeira vez em 60 anos a desigualdade salarial entre gêneros por dois anos seguidos

Gap salarial entre gêneros aumenta para 81 centavos por dólar, enquanto renda feminina permanece estagnada em 2024, impactando mulheres no mercado de trabalho

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • Em 2024, o gap salarial de gênero aumentou, com mulheres recebendo apenas 81 centavos para cada dólar pago a homens.
  • O dado é do Census Bureau e representa uma queda em relação aos 83 centavos de 2023 e 84 centavos de 2022.
  • Enquanto os salários masculinos cresceram para uma média de R$ 71.090, a renda feminina permaneceu em R$ 57.520.
  • Mulheres negras e latinas enfrentam desigualdade ainda maior, recebendo 65 centavos e 58 centavos, respectivamente, para cada dólar de um homem branco não hispânico.
  • Mais de 400 mil mulheres, muitas mães, deixaram o mercado de trabalho no primeiro semestre de 2025, o maior declínio em mais de 40 anos para mães de crianças pequenas.

Em 2024, o gap salarial de gênero aumentou pela segunda vez consecutiva, com mulheres recebendo apenas 81 centavos para cada dólar pago a homens. Este dado, proveniente do Census Bureau, revela uma queda em relação aos 83 centavos de 2023 e 84 centavos de 2022. O aumento do gap ocorre em um contexto onde os salários masculinos cresceram, enquanto a renda feminina permaneceu estagnada.

O rendimento médio de homens que trabalham em tempo integral foi de 71.090 dólares em 2024, um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, as mulheres ganharam 57.520 dólares, sem mudanças significativas desde 2023. A desigualdade é ainda mais acentuada para mulheres negras e latinas, que recebem 65 centavos e 58 centavos, respectivamente, para cada dólar de um homem branco não hispânico, segundo a análise da Equal Rights Advocates.

Impacto nas Mulheres no Mercado de Trabalho

Katherine Gallagher Robbins, do National Partnership for Women and Families, destaca que, apesar do aumento nos salários masculinos, a estagnação das rendas femininas é preocupante. Ela afirma que o ideal seria um crescimento salarial para todos, com o fechamento do gap ao mesmo tempo. A situação é ainda mais crítica para mulheres negras, que enfrentam uma taxa de desemprego de 6,7%, próxima ao maior índice em quatro anos.

Além disso, mais de 400.000 mulheres, muitas delas mães, deixaram o mercado de trabalho no primeiro semestre de 2025, conforme pesquisa da Universidade de Kansas. Este é o maior declínio em mais de 40 anos para mães de crianças pequenas. Emily Martin, do National Women’s Law Center, descreve a situação como um “incêndio de cinco alarmes”, enfatizando a gravidade do aumento do gap salarial em um momento em que muitas mulheres estão se afastando da força de trabalho.

Desafios e Necessidades

Especialistas em equidade salarial ressaltam a importância de oferecer cuidado infantil adequado e acessível para apoiar as mulheres no mercado de trabalho. A pesquisa indica que, embora o gap salarial tenha diminuído ao longo das décadas, o progresso estagnou desde a década de 1990, com um crescimento salarial plano tanto para homens quanto para mulheres. As políticas recentes da administração Trump, que incluem o fim de programas de diversidade e inclusão, podem agravar ainda mais a situação, especialmente para mulheres negras.

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