- Mais de 100 cristãos foram assassinados em ataques das Forças Democráticas Aliadas (ADF) na República Democrática do Congo.
- Os ataques ocorreram durante um velório nas aldeias de Ntoyo e Potodu, na província de Kivu do Norte, na noite de segunda-feira.
- O Rev. Mbula Samaki informou que pelo menos 70 pessoas foram mortas em Ntoyo, muitas com facões.
- Na manhã de terça-feira, novos ataques foram registrados em Potodu, onde agricultores cristãos foram emboscados.
- Grupos de direitos humanos alertam que muitos ataques podem não ter sido relatados, e a violência forçou milhares a buscar abrigo em cidades maiores.
Mais de 100 cristãos foram assassinados em ataques coordenados por militantes das Forças Democráticas Aliadas (ADF) na República Democrática do Congo. Os ataques ocorreram durante um velório nas aldeias de Ntoyo e Potodu, na província de Kivu do Norte, na noite de segunda-feira. Os agressores, vinculados ao ISIS, atacaram brutalmente os participantes, resultando em cenas de devastação.
O Rev. Mbula Samaki, líder da igreja local, relatou que pelo menos 70 pessoas foram mortas em Ntoyo, muitas delas com facões, enquanto tentavam escapar. Ele descreveu a cena como horrenda, com corpos espalhados por toda parte. O pároco Abade Paluku Nzalamingi, que visitou o local, confirmou a gravidade da situação, afirmando que muitos foram mortos a tiros e que a violência não cessou, com novos ataques ocorrendo na manhã seguinte.
Nova Onda de Violência
Na manhã de terça-feira, militantes realizaram um novo ataque em Potodu, emboscando agricultores cristãos que estavam em suas plantações. O pastor Nzalamingi expressou sua tristeza, afirmando que a comunidade cristã está exausta de tanta violência. Este massacre é o terceiro em uma série de assassinatos em massa na região nas últimas semanas, com mais de 50 civis mortos em agosto e 49 fiéis em julho.
Grupos de direitos humanos alertam que muitos ataques podem não ter sido relatados, especialmente em áreas remotas. A violência forçou milhares de famílias a fugir, buscando abrigo em cidades maiores como Oicha, onde igrejas agora acolhem os deslocados. O Rev. Alili, de Njiapanda, destacou o medo que as pessoas sentem, evitando até mesmo dormir nas igrejas.
Apelo por Proteção
A porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana, Jo Newhouse, condenou os assassinatos, chamando a atenção para a necessidade urgente de proteção a civis na região. Ela enfatizou que é inaceitável que esses ataques continuem impunes. Os ataques em andamento são vistos como uma retaliação das ADF pelas perdas sofridas devido às operações das tropas congolesas no início do ano.