- Ashur Sarnaya, refugiado cristão do Iraque, foi assassinado em Lyon, França, no dia 19 de setembro, durante uma transmissão ao vivo no TikTok.
- O ataque ocorreu quando um agressor esfaqueou Ashur no pescoço enquanto ele estava em uma cadeira de rodas.
- Testemunhas relataram que o agressor cortou a artéria carótida de Ashur antes de fugir do local.
- O crime está sendo investigado como um possível ato de ódio anticristão, mas a polícia ainda não definiu as motivações do ataque.
- Ashur havia fugido da perseguição do Estado Islâmico em 2014 e frequentemente relatava ameaças recebidas por sua atividade nas redes sociais.
Ashur Sarnaya, um refugiado cristão do Iraque, foi assassinado em Lyon, França, durante uma transmissão ao vivo no TikTok, no dia 19 de setembro. O ataque ocorreu quando Ashur, que utilizava cadeira de rodas, foi esfaqueado no pescoço por um agressor que o aguardava. O crime é investigado como um possível ato de ódio anticristão.
Testemunhas relataram que o agressor atacou Ashur, cortando sua artéria carótida antes de fugir. Ao chegarem ao local, os socorristas encontraram Ashur com ferimentos graves, e ele não resistiu. A transmissão ao vivo mostrou o cristão com o rosto ensanguentado, evidenciando a gravidade do ataque.
A polícia local ainda investiga as motivações por trás do crime. Um oficial declarou que não há indícios claros de uma linha de investigação específica, seja criminal, política ou religiosa. Ashur era ativo nas redes sociais, onde compartilhava mensagens cristãs, e sua presença online havia gerado polêmicas, incluindo denúncias que resultaram no bloqueio de seu conteúdo.
Contexto de Perseguição
Fugindo da perseguição do Estado Islâmico em 2014, Ashur se estabeleceu na França, onde morava com sua irmã. Ele frequentemente relatava ameaças recebidas de usuários islâmicos, tanto online quanto por telefone. Em março, Ashur foi agredido fisicamente por muçulmanos, o que levantou preocupações sobre sua segurança.
O presidente da Associação Assiro-Caldeia de Lyon, Georges Shamoun Ishaq, descreveu Ashur como uma pessoa gentil e devota, que se dedicava a compartilhar sua fé. O assassinato foi classificado pelo Observatório de Intolerância e Discriminação contra os Cristãos na Europa como um crime de ódio anticristão, destacando o aumento de 13% nesses crimes na França no primeiro semestre de 2025.
A organização enfatizou a vulnerabilidade dos cristãos convertidos na Europa e a necessidade de proteção por parte dos governos, considerando que muitos são refugiados que já enfrentaram perseguições em seus países de origem. O impacto de tais crimes pode intensificar o trauma que esses indivíduos já sofreram, aumentando a demanda por serviços de apoio.
