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Hollywood explora o pacto com o diabo em histórias clássicas e contemporâneas

O filme questiona os limites da ambição e as concessões feitas por atletas em busca de sucesso e poder.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Cena do filme alemão "Faust" de 1926, com Gösta Ekman e Emil Jennings (Foto: Reprodução)
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  • O filme “Him”, de Jordan Peele, estreia nos cinemas nesta sexta-feira.
  • A trama segue Cameron Cade, um jogador de futebol que enfrenta dilemas morais ao treinar com o quarterback Isaiah White.
  • A pergunta central do filme é: “O que você está disposto a sacrificar?”
  • Julia Fox, que interpreta a esposa de White, comenta que a ideia de vender a alma ao diabo representa compromissos de valores por sucesso.
  • O diretor Justin Tipping destaca a relevância da busca pela juventude no contexto esportivo, refletindo sobre a pressão enfrentada pelos atletas.

O filme “Him”, produzido por Jordan Peele, chega aos cinemas nesta sexta-feira e explora a temática do pacto com o diabo, um conceito que permeia a história do cinema desde a lenda de Faust. A trama gira em torno de Cameron Cade, um jogador de futebol que se vê diante de dilemas morais ao ser convidado para treinar em um local isolado sob a orientação do famoso quarterback Isaiah White. A pergunta central do filme é: “O que você está disposto a sacrificar?”

Julia Fox, que interpreta a esposa de White, destaca que a ideia de vender a alma ao diabo é uma metáfora para comprometer valores e princípios em troca de sucesso. “As pessoas pensam que é um homem em um terno pedindo para assinar um contrato, mas é mais sobre fazer concessões por dinheiro,” afirma Fox. Essa reflexão ressoa com a tradição de narrativas faustianas, que frequentemente abordam temas de ambição e moralidade.

A Influência de Faust no Cinema

Desde a estreia de “Faust”, de F.W. Murnau, em 1926, o tema do pacto demoníaco tem sido uma constante no cinema. Filmes como “Constantine” e “Damn Yankees” também exploram essa ideia, mostrando como a busca por poder e sucesso pode levar a escolhas questionáveis. A professora de estudos cinematográficos Kirsten Thompson observa que a busca por juventude, poder e status é um desejo humano universal, refletido em diversas adaptações da lenda.

O diretor de “Him”, Justin Tipping, acredita que a busca pela juventude é especialmente relevante no contexto esportivo. “Os atletas estão tentando parar o tempo,” explica Tipping, enfatizando a conexão entre a narrativa do filme e a pressão enfrentada pelos esportistas.

Referências e Interpretações

A obra de Tipping não é sutil em suas referências ao mito de Faust. Elementos como rituais de sangue e contratos são utilizados para aprofundar a narrativa e os dilemas dos personagens. O filme também faz alusão a expressões modernas do esporte, como “I’m Him”, que simboliza grandeza, e a sigla “HIM”, que pode ser interpretada como uma referência ao diabo.

A ideia de um pacto com o diabo, que remonta a tradições religiosas e folclóricas, continua a fascinar e provocar reflexões sobre a natureza humana. “Him” se junta a uma longa lista de obras que exploram essa temática, reafirmando que, na cultura popular, a oferta do diabo nunca sai de moda.

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