- O Papa Leão XIV confirmou que manterá as políticas inclusivas para católicos LGBTQ+, herdadas do Papa Francisco.
- Ele não planeja mudanças na doutrina católica sobre sexualidade e afirmou que a Igreja deve mudar atitudes antes de considerar alterações nos ensinamentos.
- O Papa reconheceu a crise de abuso sexual como um problema sério e defendeu os direitos dos padres, mencionando a possibilidade de falsas alegações.
- Leão XIV também abordou a crise financeira do Vaticano, com um déficit estimado entre 50 e 60 milhões de euros, mas se mostrou otimista quanto à situação.
- Ele reafirmou seu compromisso em nomear mulheres para posições de liderança, mas não tem planos de ordenar mulheres como diáconas ou sacerdotes.
Papa Leão XIV reafirma políticas de acolhimento e enfrenta desafios financeiros
O Papa Leão XIV, em sua primeira entrevista como o primeiro papa americano, confirmou que manterá as políticas inclusivas de acolhimento para católicos LGBTQ+, herança de seu antecessor, o Papa Francisco. Publicada nesta quinta-feira (18), a entrevista abordou temas como a crise de abuso sexual na Igreja e a situação política nos Estados Unidos.
Leão XIV destacou que, embora a Igreja acolha todos, não planeja mudanças na doutrina católica sobre sexualidade. Ele afirmou que a Igreja deve mudar atitudes antes de considerar alterações em seus ensinamentos. O Papa reiterou que todos são bem-vindos, mas a posição da Igreja sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo permanece inalterada.
Crise de Abuso e Direitos dos Padres
O novo pontífice reconheceu que a crise de abuso sexual é um problema sério que ainda não foi resolvido. Ele enfatizou a necessidade de respeitar os direitos dos padres, mencionando que, embora a maioria das acusações seja verdadeira, existem casos de falsas alegações que podem prejudicar a vida de clérigos inocentes. Leão XIV declarou que o escândalo não deve ser o foco central da Igreja.
Desafios Financeiros e Relações com a China
Leão XIV também abordou a crise financeira do Vaticano, que enfrenta um déficit de 50 a 60 milhões de euros. Apesar das dificuldades, ele se mostrou otimista, afirmando que a situação não é tão grave quanto se imagina. O Papa também comentou sobre o acordo de 2018 com a China, que regula as nomeações de bispos, afirmando que não prevê mudanças a curto prazo.
O pontífice evitou críticas diretas ao ex-presidente Donald Trump, mas reconheceu a influência dos Estados Unidos em questões globais, como imigração. Ele elogiou a coragem dos bispos americanos em confrontar políticas de deportação, destacando a importância da dignidade humana em todas as decisões políticas.
Mulheres na Igreja
Leão XIV reafirmou seu compromisso em nomear mulheres para posições de liderança, mas não tem planos de ordenar mulheres como diáconas ou sacerdotes. Ele mencionou que um estudo sobre o tema está em andamento, mas não pretende mudar o ensinamento da Igreja neste aspecto.
O novo Papa, que completou 70 anos recentemente, adota um estilo mais reservado em comparação com Francisco, focando na continuidade das políticas de acolhimento enquanto navega pelas complexidades do papel da Igreja no mundo contemporâneo.
