- O Patriarca Bartolomeu criticou a Igreja Ortodoxa Russa por apoiar a invasão da Ucrânia, chamando isso de “endosse ao assassinato de cristãos ortodoxos”.
- Durante um discurso em Nova York, ele destacou que a igreja russa promove uma ideologia distorcida dos ensinamentos ortodoxos.
- Bartolomeu se reuniu com líderes políticos e falou sobre a necessidade de paz em conflitos globais, incluindo a guerra entre Israel e Hamas.
- Ele defendeu a importância da fé na esfera pública, afirmando que religião e moralidade são essenciais para um bom governo.
- A ruptura entre a Igreja Ortodoxa Russa e o Patriarcado de Constantinopla ocorreu em 2018, após o reconhecimento da independência da Igreja Ortodoxa da Ucrânia em 2019.
O Patriarca Bartolomeu, líder espiritual dos cristãos ortodoxos, criticou a Igreja Ortodoxa Russa durante um discurso em Nova York, afirmando que a instituição deu um “endosse ao assassinato de cristãos ortodoxos” ao apoiar a invasão da Ucrânia. Bartolomeu, que reconheceu a Igreja Ortodoxa da Ucrânia como independente em 2019, reiterou sua posição em relação ao conflito, destacando que a igreja russa tem promovido uma ideologia de “mundo russo” que distorce os ensinamentos ortodoxos.
Durante sua visita aos Estados Unidos, Bartolomeu se encontrou com líderes políticos e abordou a necessidade de paz em conflitos globais, incluindo a guerra entre Israel e Hamas. Ele enfatizou a importância da fé na esfera pública, citando que “religião e moralidade são indispensáveis” para um bom governo. O patriarca também criticou o aumento do extremismo online e da violência política.
A ruptura entre a Igreja Ortodoxa Russa e o Patriarcado de Constantinopla ocorreu em 2018, quando a igreja russa declarou uma quebra de comunhão. Bartolomeu, por sua vez, defendeu sua decisão de reconhecer a independência da igreja ucraniana, afirmando que os ucranianos “não estão mais sujeitos a uma igreja que se comprometeu”. Apesar de a Igreja Ortodoxa da Ucrânia tentar se distanciar da influência russa, as autoridades ucranianas ainda buscam banir a igreja sob a jurisdição de Moscou.
O patriarca Bartolomeu, que é considerado o primeiro entre iguais entre os patriarcas ortodoxos, não possui a mesma autoridade que o papa católico. Ele lidera uma pequena comunidade ortodoxa na Turquia, enquanto o Patriarca Kirill, da Igreja Ortodoxa Russa, supervisiona cerca de 100 milhões de fiéis. Kirill tem justificado a invasão da Ucrânia, alegando que faz parte de uma “guerra santa” contra um Ocidente que considera “satanizado”.