- Especialistas destacam a importância de abordar a morte com crianças de forma honesta e adequada à idade.
- A psicóloga infantil Fuensanta Rodríguez Muñoz explica que as crianças temem mais a ausência dos pais do que a morte em si.
- A compreensão da morte evolui com a idade: de 0 a 3 anos, é vista como temporária; de 3 a 6, como reversível; e entre 6 e 9, como irreversível.
- Algumas escolas oferecem aulas sobre o tema ou têm protocolos para lidar com o luto, como o Colégio Núria Espert e o Col·legi Reial Monestir Santa Isabel.
- Livros e jogos, como “Sempre te querré, pequeñín” e um jogo de Lego que simula um funeral, são utilizados para facilitar a compreensão da morte.
Recentemente, especialistas ressaltaram a importância de abordar a morte com crianças de maneira honesta e apropriada à idade. Essa abordagem é essencial para evitar medos e confusões, que muitas vezes surgem devido à falta de explicações claras sobre o tema.
A psicóloga infantil Fuensanta Rodríguez Muñoz explica que as crianças não temem a morte em si, mas sim o abandono e a ausência dos pais. A compreensão da morte evolui com a idade: de 0 a 3 anos, a morte é vista como algo temporário; de 3 a 6, como reversível; e entre 6 e 9, as crianças começam a entender a irreversibilidade da perda. Entre 9 e 12 anos, a percepção se aproxima da de um adulto.
Em ambientes escolares, a forma como a morte é abordada varia. Enquanto algumas instituições oferecem aulas sobre o tema, outras contam com guias para ajudar no luto. O Colégio Núria Espert, por exemplo, discute a morte em aulas de religião, enquanto o Col·legi Reial Monestir Santa Isabel possui um protocolo desenvolvido em parceria com psicólogos para lidar com o luto, especialmente após a perda de uma aluna.
Recursos como livros e jogos têm se mostrado eficazes na educação sobre a morte. Títulos como “Sempre te querré, pequeñín” e “Vacío” são utilizados para facilitar o entendimento das crianças. Além disso, iniciativas como um jogo de Lego que simula um funeral foram criadas para ajudar na compreensão do conceito de morte, embora deva ser usado com cautela.
Os especialistas concordam que uma comunicação clara e empática é fundamental para prevenir complicações emocionais futuras. Falar sobre a morte deve ser parte do cotidiano, utilizando situações comuns, como a morte de um animal de estimação, para iniciar diálogos e reflexões. Essa abordagem ajuda as crianças a processar a perda de maneira mais saudável e natural.