- Maan Shaukat Masih, um cristão paquistanês, foi preso em Lahore por falsas acusações de blasfêmia.
- Ele se entregou à polícia em 7 de setembro, após ser acusado de rasgar uma faixa com nomes sagrados do islamismo durante o Eid Milad-Un-Nabi.
- A prisão gerou tensão religiosa na comunidade local, com rumores espalhados por vizinhos muçulmanos.
- Apesar da pressão de elementos extremistas pela prisão de Masih, ele foi libertado sob fiança no dia seguinte, uma exceção em casos de blasfêmia no país.
- Masih expressou seu choque com as acusações e relatou o impacto emocional da experiência.
Um cristão paquistanês, Maan Shaukat Masih, foi preso em Lahore sob falsas acusações de blasfêmia. Ele se entregou à polícia em 7 de setembro, após ser acusado de rasgar uma faixa com nomes sagrados do islamismo durante o Eid Milad-Un-Nabi. A prisão de Masih, de 25 anos, gerou tensão religiosa na comunidade local.
A situação se agravou quando vizinhos muçulmanos espalharam rumores sobre o incidente, levando a uma reunião entre líderes cristãos e muçulmanos. Apesar dos esforços para resolver a questão pacificamente, elementos extremistas exigiram a prisão de Masih, ameaçando a segurança da comunidade cristã. Temendo por sua segurança, a família decidiu entregá-lo à polícia antes de formalizar a queixa.
Após sua rendição, a polícia registrou um caso contra Masih sob a Seção 298 do Código Penal, que trata de ofensas a sentimentos religiosos. No entanto, no dia seguinte, o juiz Ghulam Shabbir concedeu liberdade sob fiança, um desfecho raro em casos de blasfêmia no Paquistão. O advogado de Masih, Sohail Habil, destacou que a decisão foi um alívio para a comunidade, que estava em estado de alerta após a prisão recente de outro cristão na região.
Masih expressou seu choque com as acusações e a experiência de ser preso. Ele relatou que a discussão que teve com amigos não tinha intenção ofensiva e que a situação o impactou profundamente. A blasfêmia continua a ser um crime capital no Paquistão, frequentemente usada para perseguir minorias religiosas e resolver disputas pessoais. Um relatório da Human Rights Watch apontou que essas leis são frequentemente manipuladas para incitar violência e deslocar comunidades vulneráveis.