- França e Arábia Saudita propõem um novo plano para a criação de um estado palestino durante a Assembleia Geral da ONU.
- O plano sugere um estado palestino nas terras ocupadas por Israel desde mil novecentos e sessenta e sete, com apoio internacional.
- Reino Unido, Canadá e Austrália reconheceram formalmente a Palestina, somando-se a quase 150 países que já o fizeram.
- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se opõe à criação do estado palestino e ameaça ações unilaterais, como a anexação de partes da Cisjordânia.
- O plano prevê um estado palestino desmilitarizado, governado pela Autoridade Palestina, mas depende da aceitação do Hamas, que ainda não entregou suas armas.
França e Arábia Saudita propõem novo plano para a criação de um estado palestino. Durante a Assembleia Geral da ONU, os dois países buscam revitalizar a discussão sobre a solução de dois estados, em meio à intensificação do conflito em Gaza. O plano sugere um estado palestino nas terras ocupadas por Israel desde 1967, com apoio internacional.
Recentemente, Reino Unido, Canadá e Austrália reconheceram formalmente a Palestina, somando-se a quase 150 nações que já o fizeram. A França deve seguir o mesmo caminho nesta semana. No entanto, a proposta enfrenta forte resistência dos Estados Unidos e de Israel, que bloqueiam a participação de representantes palestinos na Assembleia.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se opõe à criação de um estado palestino e ameaça ações unilaterais, como a anexação de partes da Cisjordânia. Essa situação pode dificultar ainda mais o sonho palestino de independência. O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou que “sem uma solução de dois estados, não haverá paz no Oriente Médio”.
O plano franco-saudita prevê um estado palestino desmilitarizado, governado pela Autoridade Palestina, com assistência internacional. A proposta inclui o fim imediato da guerra em Gaza, a devolução de reféns e a retirada israelense. Contudo, a implementação depende da aceitação do Hamas, que ainda não entregou suas armas.
A oposição dos EUA e de Israel argumenta que o reconhecimento da Palestina fortalece o Hamas e dificulta a paz. As negociações de cessar-fogo têm falhado repetidamente, e Israel já interrompeu acordos anteriores. Netanyahu considera a busca por reconhecimento internacional uma ameaça à segurança israelense.
A proposta ignora questões cruciais, como fronteiras definitivas, o status de Jerusalém e o retorno de refugiados. Além disso, a Autoridade Palestina enfrenta desconfiança entre os palestinos, que a veem como corrupta. A realização de eleições, prometida no plano, é incerta, dado o histórico de adiamentos por parte do presidente Mahmoud Abbas.