- Em 2023, a Suíça registrou um número recorde de 12.045 abortos, um aumento de mais de 600 casos em relação a 2022.
- O dado gerou debates sobre o valor da vida e culminou na 15ª Marcha pela Vida, realizada em Zurique.
- No dia 20 de setembro, cerca de 2.000 pessoas participaram do evento, incluindo um grupo de brasileiros que compartilharam experiências sobre deficiência.
- Gianna Jessen, sobrevivente de um aborto tardio, e Thomas Stettler, membro do Conselho Nacional Suíço, discursaram sobre a importância da vida e criticaram o financiamento público de abortos.
- A presidente da marcha, Beatrice Gall, anunciou iniciativas políticas para anular o financiamento público de abortos, que atualmente é coberto por seguradoras de saúde.
Em 2023, a Suíça registrou um número recorde de 12.045 abortos, segundo dados oficiais divulgados em julho de 2024. Esse total representa um aumento de mais de 600 casos em relação a 2022, marcando o maior índice já registrado no país. O cenário gerou intensos debates sobre o valor da vida, culminando na 15ª Marcha pela Vida, realizada em Zurique.
No dia 20 de setembro, cerca de 2.000 pessoas se reuniram na praça do mercado Oerlikon para participar do evento. Entre os presentes, um grupo de cinco brasileiros, que compartilhou suas experiências de vida com deficiência, destacou a importância da inclusão e do valor da vida. O professor Josef Wisser, ginecologista e especialista em medicina fetal, abordou os riscos éticos envolvidos na prática de abortos, especialmente em casos de deficiência.
Testemunhos Impactantes
A marcha contou com a presença de Gianna Jessen, uma americana sobrevivente de um aborto tardio. Em seu relato, ela afirmou: “Eu deveria estar morta, mas não estou!” Gianna, que superou expectativas médicas, viaja pelo mundo defendendo o direito à vida. Durante seu discurso, fez um apelo aos homens para que se dediquem às suas famílias e expressou amor aos ativistas pró-aborto, enfatizando a necessidade de diálogo.
O evento também teve a participação de Thomas Stettler, membro do Conselho Nacional Suíço, que questionou o valor da vida em seu discurso. Ele destacou que as crianças trazem alegria e desafios, mas são essenciais para dar sentido à vida. Stettler criticou a proteção excessiva de animais em comparação ao valor atribuído à vida humana.
Iniciativas Políticas
A presidente da marcha, Beatrice Gall, abriu o evento mencionando duas iniciativas políticas importantes. Uma petição e uma moção a serem apresentadas ao Parlamento visam anular o financiamento público de abortos, que foi introduzido sob o pretexto de “contenção de custos”. O pacote aprovado pelo Parlamento Suíço cobre os custos de aborto pelas seguradoras de saúde, o que, na prática, significa que os contribuintes arcam com esses gastos.
A marcha, que ocorreu sob um clima festivo e com forte presença policial, foi marcada por música e mensagens de esperança. O bispo auxiliar Eleganti também participou, reforçando a importância do evento. Um jovem participante resumiu o sentimento coletivo ao afirmar que foi uma marcha muito especial este ano.