- Uma nova pesquisa da Portas Abertas aponta que 72% dos 50 países com maior perseguição religiosa relatam discriminação contra crianças cristãs, com bullying e isolamento social impactando a saúde psicológica.
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- Em todos os países analisados houve pressão educativa como forma de discriminação, segundo o estudo, seguido por violência psicológica e assédio verbal em 92%.
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- Um menino de 10 anos, no Egito, relata humilhações na escola e no ambiente de trabalho, sendo chamado de “louco” pela fé e recebendo tratamento inferior aos colegas muçulmanos.
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- A pesquisa destaca que o isolamento social afeta a identidade e o bem-estar mental das crianças, reforçando a necessidade de redes de apoio e educação sobre liberdade religiosa.
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- Recomenda-se integrar a Liberdade de Crença Religiosa à Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e incentivar comunidades, igrejas e famílias a promoverem clubes juvenis e redes de apoio para reduzir os efeitos da discriminação.
A discriminação e a exclusão de crianças cristãs são preocupações crescentes em todo o mundo. Uma nova pesquisa da Portas Abertas revela que 72% dos 50 países com maior perseguição religiosa relatam casos de bullying e isolamento social entre essas crianças. Os efeitos psicológicos, segundo o estudo, podem ser devastadores e duradouros.
O levantamento identificou que a pressão educativa é a forma mais prevalente de discriminação, ocorrendo em 100% dos países analisados. Além disso, a violência psicológica e o assédio verbal foram registrados em 92% dos locais. Um exemplo impactante é o relato de Adel, um menino de dez anos do Egito, que enfrenta humilhações na escola e em seu ambiente de trabalho. Ele revela que era chamado de “louco” por sua fé e recebia menos do que seus colegas muçulmanos.
Impactos da Exclusão Social
Kathryn de Carvalho, analista da Portas Abertas, enfatiza que a exclusão social afeta diversas esferas da vida das crianças cristãs. Desde a rejeição por colegas até a vergonha imposta por figuras de autoridade, o impacto na identidade e no bem-estar mental é significativo. A pesquisa destaca que a construção de um senso de pertencimento e conexão social é vital para o desenvolvimento dessas crianças.
O estudo também recomenda a integração da Liberdade de Crença Religiosa na Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança. Além disso, sugere que comunidades, igrejas e famílias se mobilizem para apoiar jovens cristãos, promovendo redes de apoio e clubes juvenis que possam mitigar os efeitos nocivos da discriminação.
A situação das crianças cristãs perseguidas exige atenção e ação, com a esperança de que iniciativas de apoio possam transformar suas experiências e fortalecer suas identidades.