- Tensões religiosas na China aumentaram após a prisão de 30 líderes da Igreja Zion entre 9 e 11 de outubro, em várias cidades, durante operações policiais da repressão do Partido Comunista Chinês (PCC) sobre igrejas não registradas.
- O pastor Jin Mingri, fundador da Igreja Zion, foi preso em sua residência por supostas violações relacionadas ao uso da internet.
- Até 13 de outubro, 16 dos detidos foram liberados; o paradeiro dos demais permanece desconhecido e as famílias foram notificadas de detenção criminal.
- A Igreja Zion cresceu para cerca de 10 mil fiéis em 40 cidades e tem ações sociais e educacionais destacadas, o que pode ter motivado a repressão.
- Reações internacionais: Estados Unidos e organizações de direitos humanos pedem a libertação; o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e ex-vice-presidente Mike Pence, além do ex-secretário Mike Pompeo, condenam as ações; o governo chinês afirma proteger a liberdade religiosa e classifica as acusações como ingerência.
As tensões religiosas na China aumentaram após a prisão de 30 líderes da Igreja Zion, entre os dias 9 e 11 de outubro. Essas detenções ocorreram em várias cidades durante operações policiais, evidenciando a crescente repressão do Partido Comunista Chinês (PCC) sobre as igrejas não registradas. O pastor Jin Mingri, fundador da Igreja Zion, foi preso em sua residência por supostas violações relacionadas ao uso da internet.
Até o dia 13 de outubro, 16 dos detidos foram liberados, mas o paradeiro dos outros permanece desconhecido. As famílias receberam notificações de detenção criminal, indicando uma abordagem mais coordenada do governo em relação a líderes religiosos. A Igreja Zion, que cresceu para cerca de 10 mil fiéis em 40 cidades, tem se destacado por seu envolvimento social e educacional, o que pode ter motivado a repressão.
Reação Internacional
Os Estados Unidos e organizações de direitos humanos reagiram com preocupação às prisões. O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, pediu a libertação dos líderes, afirmando que a repressão demonstra a hostilidade do PCC em relação aos cristãos que buscam adorar livremente. O ex-vice-presidente Mike Pence e o ex-secretário de Estado Mike Pompeo também condenaram as ações do governo chinês.
O governo chinês, por sua vez, defende suas ações como legais e afirma que está protegendo a liberdade religiosa. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, criticou as declarações dos EUA como uma ingerência em assuntos internos. Apesar da repressão, a Igreja Zion e outras congregações domésticas continuam a se reunir, demonstrando resiliência mesmo em meio à perseguição.
Contexto da Perseguição
A repressão religiosa na China não é nova, mas a atual onda de detenções é considerada uma das mais severas em décadas. A Igreja Zion, fundada em 2007, representa um movimento crescente de igrejas domésticas que operam fora do controle estatal. O PCC exige que todas as manifestações religiosas sejam registradas e monitoradas, considerando ilegais aquelas que não se submetem a essas regras.
A situação dos cristãos na China é complexa, com a prática religiosa sujeita a um controle rigoroso. Igrejas que não se alinham com os interesses do Partido enfrentam fechamento e pressão. Mesmo as congregações oficialmente reconhecidas não estão livres de interferências, o que limita a liberdade religiosa em todo o país.