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Evangélicos convertidos ao judaísmo convertem igrejas em sinagogas no Nordeste

Movimento de evangélicos que adotam práticas judaicas cresce no Nordeste, com conversões em sinagogas próprias, impulsionado por documentário da BBC

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Em algumas comunidades, antigos pastores evangélicos se tornaram líderes judaicos - Foto: Reprodução do YouTube (documentário)
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  • Fenômeno de conversões ao judaísmo no Nordeste tem raízes na década de sessenta, quando famílias católicas de Recife e Natal buscaram origens judaicas e criaram vínculos com sinagogas existentes.
  • Hoje, o movimento cresce em bairros periféricos, com ex-evangélicos transformando igrejas em sinagogas e buscando identidade religiosa e pertencimento.
  • Documentário da BBC News Brasil, lançado em agosto de 2025, aponta motivações como crises doutrinárias e descoberta de heranças familiares judaicas; envolve indivíduos de diferentes idades, e o professor Luciano Gomes dos Santos destaca influências locais e tradição.
  • Crise doutrinária é citada por pastor Isaías Lobão, da Igreja Presbiteriana, que aponta ensino religioso fraco e confusão entre práticas judaicas e fé em Cristo; instituições judaicas tradicionais questionam conversões sem supervisão rabínica.
  • Desafios e oportunidades incluem revitalização de comunidades, conflitos com vizinhos e dúvidas sobre pertencimento; o movimento segue em expansão conforme as comunidades consolidam estruturas e rituais.

O fenômeno de conversões de evangélicos ao judaísmo no Nordeste brasileiro tem ganhado destaque nas últimas décadas, com raízes que remontam aos anos 1960. Inicialmente, famílias católicas de cidades como Recife e Natal começaram a reivindicar origens judaicas, criando laços com sinagogas existentes. Atualmente, essa movimentação se intensifica em bairros periféricos, onde ex-evangélicos transformam igrejas em sinagogas, refletindo uma busca por identidade religiosa e pertencimento.

Segundo um documentário da BBC News Brasil, lançado em agosto de 2025, as motivações para essa transição incluem crises doutrinárias e a descoberta de heranças familiares judaicas. O fenômeno é complexo e não homogêneo, envolvendo desde jovens até adultos de meia-idade, que buscam uma religiosidade mais ritualizada e tradicional. O professor Luciano Gomes dos Santos, especialista em Ciências da Religião, destaca que as mudanças são influenciadas por mobilizações locais e a valorização de tradições ancestrais.

Crise Doutrinária e Identidade

O pastor Isaías Lobão, da Igreja Presbiteriana, aponta que essa busca por práticas judaicas é um reflexo de uma crise no ensino doutrinário nas igrejas evangélicas. A falta de uma catequese sólida torna os fiéis vulneráveis a novas interpretações religiosas. Ele ressalta que muitos não compreendem o papel da Lei na teologia cristã, levando à confusão entre práticas judaicas e a verdadeira fé em Cristo.

As comunidades judaizantes, embora crescentes, ainda enfrentam resistência das instituições judaicas tradicionais, que questionam a legitimidade das conversões feitas sem supervisão rabínica. No entanto, a transformação religiosa continua a se espalhar, com antigos pastores se tornando líderes judaicos e fiéis adotando rituais como o uso de talits e kipás.

Desafios e Oportunidades

As novas sinagogas têm gerado reações variadas nas comunidades locais. Algumas experimentam revitalização e novas redes sociais, enquanto outras enfrentam conflitos com vizinhos e dúvidas sobre pertencimento. O potencial de crescimento desse movimento é avaliado como situacional, dependendo da capacidade das comunidades em consolidar suas estruturas e práticas.

O documentário “Os novos judeus do Nordeste: a tribo perdida do sertão” revela a profundidade desse fenômeno, que combina fé, memória e identidade. À medida que as comunidades se desenvolvem, o diálogo entre tradições religiosas e a busca por raízes ancestrais promete continuar a moldar o cenário espiritual do Nordeste brasileiro.

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