- A repressão às igrejas não registradas na China se intensificou no Leste, com operação envolvendo quatrocentos policiais e duzentos veículos entre os dias nove e onze de outubro, resultando na detenção de mais de setenta cristãos, incluindo líderes da Igreja Zion.
- Autoridades afirmam que os detidos violaram um novo código que regula o uso de informações da internet; cerca de vinte pessoas foram multadas em valores que variam de milhares a dezenas de milhares de yuans.
- A Igreja Zion teve vários pastores e líderes detidos; o fundador, Jin Mingri, está entre os presos; até o dia treze de outubro dezesseis pessoas foram libertas, porém o status dos demais permanece incerto.
- Famílias dos detidos receberam notificações oficiais de detenção criminal; as acusações incluem uso ilegal de informações da internet; muitos foram abordados em cultos, residências ou locais de trabalho.
- A missão Portas Abertas aponta uso sem precedentes de força contra a igreja; o tema destaca vigilância crescente sobre práticas religiosas na China, com a comunidade cristã demonstrando solidariedade e organizando encontros de oração.
A repressão às igrejas não registradas na China tem se intensificado, especialmente no Leste do país. Recentemente, cerca de 400 policiais e 200 veículos foram mobilizados em uma operação que resultou na detenção de mais de 70 cristãos, incluindo líderes e membros da Igreja Zion. As autoridades alegam que os detidos violaram um novo código que regula o uso de informações na internet.
Durante a ação, que ocorreu entre os dias 9 e 11 de outubro, muitos foram abordados em cultos, residências ou locais de trabalho. Segundo relatos, as autoridades questionaram os cristãos sobre suas finanças e afiliações religiosas. Além disso, cerca de 20 pessoas foram multadas em valores que variam de milhares a dezenas de milhares de yuans.
A Igreja Zion e as Detenções
A Igreja Zion, uma das mais influentes entre as igrejas domésticas, teve vários de seus pastores e líderes detidos. O fundador da igreja, Pastor Jin Mingri, está entre os presos. Até o dia 13 de outubro, 16 pessoas foram libertas, mas o status dos demais permanece incerto. As famílias dos detidos receberam notificações oficiais de detenção criminal, que confirmam as acusações de “uso ilegal de informações da internet”.
Esse aumento na pressão sobre as igrejas não registradas é parte de uma tendência crescente de vigilância e controle sobre práticas religiosas na China. Nos últimos meses, cultos têm sido invadidos e membros da comunidade religiosa enfrentam interrogatórios e prisões. A resposta da comunidade cristã tem sido de solidariedade, com várias igrejas se unindo em apoio à Igreja Zion e organizando encontros de oração.
A missão Portas Abertas, que monitora a perseguição religiosa, destaca que nunca houve um uso tão intenso de força contra a igreja. A situação exige atenção internacional e uma resposta adequada para proteger os direitos dos cristãos na China.