- Peter ToRot, nascido em 1912 e martirizado em 1945, foi canonizado pelo Papa Leo XIV no último domingo, 19 de outubro de 2025, em uma cerimônia no Vaticano.
- A celebração reuniu milhares de fiéis em Roma e em Papua Nova Guiné, incluindo Port Moresby, com homenagens oficiais.
- O primeiro-ministro James Marape descreveu o evento como um momento de orgulho nacional, fé e inspiração.
- Em Rakunai, vila natal de ToRot, centenas de pessoas participaram de atividades religiosas, destacando a importância do santo na comunidade.
- ToRot é lembrado por defender a monogamia e pela coragem de realizar serviços religiosos em segredo durante a ocupação japonesa na Segunda Guerra Mundial, servindo hoje de referência para muitos na Papua Nova Guiné.
Papua Nova Guiné celebrou um marco histórico com a canonização de Peter ToRot, seu primeiro santo, realizada pelo Papa Leo XIV no último domingo, 19 de outubro de 2025, em uma cerimônia no Vaticano. ToRot, que nasceu em 1912 e foi martirizado em 1945, é lembrado por sua defesa dos valores familiares e pela coragem em realizar serviços religiosos em segredo durante a ocupação japonesa na Segunda Guerra Mundial.
A celebração atraiu milhares de fiéis, tanto em Roma quanto em várias cidades de Papua Nova Guiné, especialmente na capital, Port Moresby. O primeiro-ministro James Marape descreveu o evento como um momento de “orgulho nacional, fé e inspiração”. Em Rakunai, sua vila natal, centenas de pessoas participaram de atividades religiosas, refletindo a importância de ToRot na comunidade local.
Legado de Peter ToRot
ToRot é conhecido por sua firme oposição à poligamia, defendendo a monogamia em uma época em que essa prática era comum. Ele foi preso e executado em 1945 por suas crenças, mas sua vida continua a inspirar muitos. O padre Ambrose Pereira destacou que ToRot “serve como modelo para todos nós”, incentivando a dignidade e o respeito nas relações pessoais.
A canonização representa um importante reconhecimento para a população majoritariamente cristã de Papua Nova Guiné, onde mais de 90% dos 12 milhões de habitantes se identificam como cristãos. O evento foi descrito como de grande significado espiritual por líderes religiosos, incluindo o padre Lawrence Arockiaraj, que afirmou que “a vida de fé e coragem de ToRot serve como exemplo não apenas para Papua Nova Guiné, mas para o mundo”.
Reações e Celebrações
As celebrações em Papua Nova Guiné incluíram serviços religiosos em diversas paróquias, com muitos fiéis reunidos para honrar a memória de ToRot. Josephine Thom, uma residente de Madang, expressou seu orgulho pela canonização, afirmando que a fé de ToRot fortalece a esperança e incentiva a educação das crianças em valores de serviço e honestidade.
A canonização de Peter ToRot não apenas marca um capítulo na história religiosa de Papua Nova Guiné, mas também destaca a importância de valores familiares e a resiliência diante da adversidade.