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Ruptura de 500 anos é encerrada e Charles ora com o papa

Charles III e o Papa Leo XIV rezaram juntos na Capela Sistina, marco histórico de reconciliação entre Igreja Católica e Igreja da Inglaterra

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Pope Leo XIV shakes hands with King Charles after an ecumenical service at the Vatican.
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  • O Rei Charles III e o Papa Leo XIV realizaram uma oração conjunta na Capela Sistina, sinalizando aproximação entre a Igreja Católica e a Igreja da Inglaterra.
  • O ato ocorreu quase quinhentos anos após a ruptora promovida por Henrique VIII em 1534, e é visto como marco no diálogo ecumênico entre as tradições religiosas.
  • Jamie Hawkey, canon-theologian da Westminster Abbey, afirmou que “o tempo de desconfiança mútua realmente chegou ao fim”.
  • Historicamente houve violência e perseguições entre católicos e anglicanos, como excomunhão de Elizabeth I em 1570, atentado de Guy Fawkes em 1605 e o Act of Settlement em 1701; desde a segunda metade do século XX houve aquecimento nas relações, com visitas de realeza e líderes religiosos a Roma e, em 2013, a permissão para que herdeiros reais se casassem com católicos, mesmo o monarca mantendo-se anglicano.
  • A cerimônia é vista como símbolo da redescoberta de raízes comuns, com avanços no diálogo, embora desacordos persistam; Charles III já havia participado de funeral católico em setembro e visitado o Papa Francisco antes de sua morte.

A separação entre a Igreja Católica e a Igreja da Inglaterra, iniciada por Henrique VIII em 1534, marcou séculos de conflito e desconfiança. Na última terça-feira, o Rei Charles III e o Papa Leo XIV realizaram uma oração conjunta na Capela Sistina, simbolizando um passo significativo em direção à reconciliação entre as duas tradições religiosas.

Esse evento histórico aconteceu quase 500 anos após a ruptura provocada pela decisão de Henrique VIII de criar a Igreja da Inglaterra. O ato de oração é considerado um marco no diálogo ecumênico, refletindo mudanças nas relações entre as instituições. Jamie Hawkey, canon-theologian de Westminster Abbey, destacou que “o tempo de desconfiança mútua realmente chegou ao fim”.

Um Passado de Conflitos

Durante séculos, a relação entre católicos e anglicanos foi marcada por violência e perseguições. A excomunhão da Rainha Elizabeth I em 1570 e a tentativa de atentado de Guy Fawkes em 1605 são exemplos de um passado turbulento. Além disso, a proibição de católicos na linha de sucessão ao trono foi consolidada pelo Act of Settlement em 1701.

Contudo, desde a segunda metade do século XX, houve um aquecimento nas relações, com visitas frequentes de membros da realeza e líderes religiosos a Roma. Em 2013, a legislação permitiu que herdeiros reais se casassem com católicos, embora o monarca continue a ser anglicano.

Um Novo Capítulo

O Rei Charles III já havia demonstrado sua disposição para o diálogo, participando de um funeral católico em setembro e visitando o Papa Francisco antes de sua morte. A oração na Capela Sistina é vista como um símbolo da “extraordinária redescoberta de nossas raízes comuns”, conforme afirmou Hawkey. Apesar dos avanços, desacordos significativos ainda persistem, mas a união em oração representa um passo importante na busca por entendimento mútuo.

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