- Mulheres e meninas cristãs continuam alvo de perseguição religiosa em países da Ásia e da África, enfrentando violência e rejeição pela comunidade de fé, conforme destacado na 14ª Assembleia Geral da Aliança Evangélica Mundial (WEA) em Seul, Coreia do Sul.
- Especialistas anunciaram o duplo trauma — violência e rejeição — e defenderam apoio institucional às vítimas; o painel foi moderado por Emma van der Deijl, CEO da Gender and Religious Freedom.
- Irene Kibagendi afirmou que muitas meninas são sequestradas a caminho da escola, forçadas a se converter ao Islã e, ao retornar, enfrentam gravidez ou filhos de militantes, além da rejeição de famílias e igrejas; a Igreja deve ser espaço de restauração.
- A reverenda Martha Das destacou resistência de algumas igrejas em lidar com esses casos, priorizando a aparência de perfeição em vez de oferecer ajuda, e ressaltou a necessidade de estruturas de apoio e reintegração.
- A Declaração de Seul foi aprovada durante a assembleia, reafirmando valores cristãos sobre gênero, liberdade religiosa e dignidade humana, apontando caminho de fé e compaixão diante dos desafios globais.
Mulheres e meninas cristãs continuam a ser alvos fáceis de perseguição religiosa em países da Ásia e da África, enfrentando não apenas a violência, mas também a rejeição de suas comunidades de fé. Esse alerta foi destacado por especialistas durante a 14ª Assembleia Geral da Aliança Evangélica Mundial (WEA), realizada em Seul, Coreia do Sul. O evento abordou a questão da perseguição baseada em gênero e a necessidade de apoio institucional às vítimas.
Emma van der Deijl, CEO da organização Gender and Religious Freedom, moderou um painel que evidenciou o duplo trauma enfrentado por essas mulheres. “Quando a vergonha imposta pelos perseguidores se transforma em rejeição dentro da Igreja, o inimigo vence”, afirmou Emma. Ela defendeu que a Igreja deve restaurar essas mulheres com amor, enfatizando que sua identidade está segura em Cristo.
Desafios e Apoios
Irene Kibagendi, diretora-executiva da Aliança Pan-Africana de Mulheres Cristãs, relatou que muitas meninas são sequestradas a caminho da escola e forçadas a se converter ao Islã. Ao retornarem, frequentemente grávidas ou com filhos de militantes, enfrentam a rejeição de suas famílias e igrejas. “A Igreja deve ser um espaço de restauração, não de julgamento”, defendeu Kibagendi, ressaltando a importância de criar estruturas de apoio e reintegração.
A reverenda Martha Das, da Aliança Cristã Nacional de Bangladesh, destacou a resistência de algumas igrejas em lidar com esses casos, priorizando a aparência de perfeição em vez de oferecer ajuda. Os debates na Assembleia Geral da WEA reuniram mais de 850 líderes evangélicos de todo o mundo, resultando na aprovação da Declaração de Seul, que reafirma valores cristãos sobre gênero, liberdade religiosa e dignidade humana, propondo um caminho de fé e compaixão diante dos desafios globais.