- Dicastério para a Doutrina da Fé divulgou, em 4 de novembro, a Nota Doutrinal Mater Populi Fidelis, aprovada pelo Papa Leão XIV.
- O documento esclarece os títulos atribuídos a Maria e reafirma a mediação exclusiva de Cristo na salvação, afastando o uso do título “Corredentora” como doutrina própria.
- A nota reconhece títulos como “Mãe dos Fiéis” e “Mãe Espiritual”, destacando a maternidade espiritual de Maria em relação à Igreja, sempre subordinada à mediação de Cristo.
- A expressão “Mediadora” pode ser usada em sentido limitado (intercessão materna); não se admite a ideia de que Maria seja fonte independente de graça, e declarações como “Mediadora de todas as graças” são consideradas imprecisas.
- O texto orienta catequese e devoção popular, promove o diálogo ecumênico com tradições cristãs que não aceitam o título “Corredentora” e lembra que Concílio Vaticano II e papas evitaram defini-lo como dogma; assinam o cardeal Víctor Manuel Fernández e o monsenhor Armando Matteo.
O Dicastério para a Doutrina da Fé divulgou, em 4 de novembro, a Nota Doutrinal Mater Populi Fidelis, aprovada pelo Papa Leão XIV. O documento esclarece os títulos atribuídos a Maria e reafirma a mediação exclusiva de Cristo na salvação. A nota surge em um contexto de discussões sobre o uso do título “Corredentora”, que, segundo o texto, pode gerar confusão doutrinária.
A nota rejeita a ideia de que Maria tenha um papel equivalente ao de Cristo no processo de redenção. “A declaração bíblica sobre a mediação exclusiva de Cristo é conclusiva. Jesus é o único mediador”, afirma o documento. Contudo, reconhece títulos como “Mãe dos Fiéis” e “Mãe Espiritual”, que ressaltam a maternidade espiritual de Maria em relação à Igreja.
Esclarecimentos sobre a Maternidade Espiritual
Embora a nota reconheça a colaboração única de Maria no plano da salvação, enfatiza que sua participação é sempre subordinada à mediação de Cristo. O termo “Mediadora” pode ser usado em um sentido limitado, relacionado à intercessão materna, mas não como fonte independente de graça. Expressões absolutas, como “Mediadora de todas as graças”, são consideradas teologicamente imprecisas.
O Dicastério busca orientar a catequese e a devoção popular, evitando interpretações errôneas. Além disso, promove o diálogo ecumênico com outras tradições cristãs que não aceitam o título “Corredentora”. O Concílio Vaticano II e diversos papas já evitaram definir essa denominação como dogma.
A Nota Doutrinal Mater Populi Fidelis é assinada pelo cardeal Víctor Manuel Fernández e pelo monsenhor Armando Matteo, e visa esclarecer a função de Maria na Igreja, reforçando a centralidade de Cristo na fé católica.