- Hollywood lançou o filme “Sombras no Deserto”, classificado como thriller sobrenatural, que retrata a juventude de Jesus e mostra poderes em benefício próprio; Nicolas Cage interpreta José, pai de Jesus.
- A produção é baseada no apócrifo Evangelho da Infância de Tomé, que traz ações controversas de Jesus adolescente.
- O historiador-pastor Wagner Aragão afirma não haver base bíblica para Jesus usar poderes na infância e sustenta que os evangelhos servem para revelar quem Jesus é, não para uma biografia completa.
- Aragão aponta que a ausência de relatos sobre a infância entre os 12 e os 30 anos não indica lacuna, e que os poderes, se existirem, teriam surgido apenas após o batismo; afirma que a ideia de um Jesus adolescente descontrolado é teologicamente impossível.
- O especialista também critica a motivação comercial de Hollywood, dizendo que narrativas distorcidas atraem audiência e lucro; orienta que o público tenha discernimento entre ficção e verdade bíblica.
Hollywood lançou recentemente o filme “Sombras no Deserto”, que retrata a juventude de Jesus, interpretado por Nicolas Cage como José, seu pai. A produção, classificada como um *thriller sobrenatural*, apresenta um jovem Jesus que descobre e utiliza poderes em benefício próprio, o que gerou uma onda de críticas entre cristãos.
O filme é baseado no apócrifo “Evangelho da Infância de Tomé”, que apresenta uma narrativa polêmica, incluindo ações controversas de um Jesus adolescente, como ressuscitar insetos e ter comportamentos violentos. O historiador e pastor Wagner Aragão contesta essas representações, afirmando que não há base bíblica para tal. Ele explica que os evangelhos foram escritos para revelar a identidade de Jesus e sua missão de salvação, e não como uma biografia completa.
Críticas e Análises
Aragão destaca que a ausência de relatos sobre a infância de Jesus entre os 12 e 30 anos não indica lacunas, mas sim um propósito divino. Ele afirma que Jesus sempre foi santo e que seus poderes, de acordo com os evangelhos, começaram a ser manifestados somente após seu batismo. “A ideia de um ‘Jesus adolescente descontrolado’ é teologicamente impossível”, alerta o pastor.
A produção de filmes como “Sombras no Deserto” também levanta questões sobre a intenção comercial de Hollywood. Aragão observa que essas narrativas, mesmo distorcidas, atraem grande audiência, gerando lucro. Ele sugere que o público deve assistir a tais obras com um senso crítico, discernindo entre ficção e verdade bíblica.
Reflexão e Discernimento
O pastor enfatiza a importância do conhecimento bíblico para lidar com produções que distorcem a imagem de Jesus. Ele recomenda que os cristãos consumam essas obras com discernimento e cuidado, evitando que influências externas abalem sua fé. Para Aragão, é essencial que os espectadores entendam que nem toda representação de Jesus honra sua verdadeira natureza.