Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Lutos invisíveis ganham espaço no dia a dia

Cristina Vasconcelos, psicoterapeuta, aponta seis lutos invisíveis — da perda de animal ao fim de relacionamento e mudanças de vida — e orienta acolhimento

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Até mesmo profissionais podem passar por momentos de perdas e lutos que precisam ser acolhidos - Foto: Freepik
0:00 0:00
  • O conceito de luto invisível descreve perdas não reconhecidas socialmente, como a de um animal de estimação, o fim de um relacionamento ou mudanças na vida; a psicoterapeuta Cristina Vasconcelos, da Igreja Metodista Central de Juiz de Fora (MG), diz que o sofrimento é tão intenso quanto o luto pela morte de alguém.
  • Seis tipos de luto costumam ser negligenciados: perda de um animal de estimação; doença crônica ou perda de um órgão; fim de relacionamento ou amizade profunda; mudanças de vida como desemprego ou saída dos filhos de casa; perda de um bebê durante a gestação; e luto antecipado em doenças que afetam a autonomia.
  • A invisibilidade social dificulta um luto saudável; a pesquisadora Pauline Boss descreve o “luto não finito”, com dor persistente sem fechamento claro; estudo da UNIP aponta que muitos lutos não reconhecidos não envolvem morte, como a perda de pets e relacionamentos.
  • A Organização Mundial da Saúde classifica o luto prolongado como transtorno mental, com sintomas de isolamento e desvalorização; o luto invisível também pode levar a burnout, especialmente entre profissionais da saúde.
  • Em caminhos de acolhimento, destaca-se reconhecer o luto e acolher as emoções sem culpa; reforça-se buscar apoio de amigos, familiares ou grupos terapêuticos; desde a perspectiva bíblica, Salmos 34:18 afirma que “perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado”, oferecendo conforto e apoio comunitário.

A dor provocada por perdas invisíveis é um fenômeno frequentemente ignorado pela sociedade. Este tipo de luto, que não recebe a validação social adequada, inclui situações como a perda de um animal de estimação, o fim de um relacionamento ou mudanças significativas na vida. A psicoterapeuta Cristina Vasconcelos, da Igreja Metodista Central de Juiz de Fora (MG), enfatiza que o sofrimento gerado por esses lutos é tão intenso quanto o luto pela morte de um ente querido.

Cristina identifica seis tipos de luto que costumam ser negligenciados. O primeiro é a perda de um animal de estimação, que pode ser devastadora para muitos. Em seguida, a descoberta de uma doença crônica ou a perda de um órgão, que impõe novas rotinas e limitações. O fim de um relacionamento ou amizade profunda também gera um vazio significativo, semelhante ao luto por morte. Além disso, mudanças de vida, como o desemprego ou a saída dos filhos de casa, e a perda de um bebê durante a gestação são lutos que frequentemente não são reconhecidos. Por último, o luto antecipado, que ocorre em casos de doenças como Alzheimer, traz dor antes mesmo da perda final.

A Invisibilidade Social do Luto

A falta de reconhecimento social dessas perdas cria barreiras para um luto saudável. A pesquisadora Pauline Boss introduziu o conceito de luto não finito, que descreve a dor persistente que não encontra um fechamento claro. Uma pesquisa da UNIP revelou que muitos lutos não reconhecidos são aqueles que não envolvem a morte literal, como a perda de pets e relacionamentos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o luto prolongado como um transtorno mental, caracterizado por sintomas como isolamento e desvalorização. O luto invisível pode levar a condições graves, como o burnout, especialmente em profissionais da saúde que enfrentam perdas não reconhecidas.

Caminhos para o Acolhimento

Cristina Vasconcelos sugere práticas para lidar com o luto invisível. É fundamental reconhecer o luto e acolher as emoções sem culpa. Criar momentos de respiro e buscar apoio de amigos, familiares ou grupos terapêuticos são passos importantes para a cura.

Do ponto de vista bíblico, a dor da perda é reconhecida, oferecendo consolo e esperança. Em Salmos 34:18, é dito que “perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado”, ressaltando que mesmo as dores invisíveis são importantes e merecem ser ouvidas. O acolhimento na comunidade cristã pode ser um suporte essencial para aqueles que enfrentam esses lutos silenciosos.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais