Sheffield Wednesday enfrenta caos sob a gestão de Dejphon Chansiri

Sheffield Wednesday, um dos clubes mais antigos da Inglaterra, enfrenta uma grave crise sob a gestão de Dejphon Chansiri. O clube, que não cumpre suas obrigações financeiras, acumula atrasos salariais e agora enfrenta um embargo de transferências imposto pela EFL. A situação se agravou com a saída do treinador Danny Rohl, que não compareceu ao início da pré-temporada, e a falta de pagamento de salários, deixando o clube em uma posição crítica antes do início da nova temporada.

A última partida em casa do Sheffield Wednesday ocorreu há nove semanas, e a insatisfação dos torcedores é evidente, com mensagens como "Chansiri out" espalhadas pela cidade. O clube não vive seus melhores dias desde os anos 1990, quando era um competidor frequente na elite do futebol inglês. A situação financeira se deteriorou a ponto de a maioria dos jogadores não receber salários em junho, levando a EFL a impor um embargo de transferências que se estenderá até 2027.

O embargo é resultado da falta de pagamento de salários e de dívidas tributárias com a HM Revenue and Customs. Chansiri, que não tem um conselho de diretores e opera sozinho, afirmou estar aberto a vender o clube, mas as negociações com dois consórcios não avançaram. Um dos grupos, liderado por Adam Shaw e John Flanagan, ofereceu £40 milhões, mas Chansiri considerou a proposta insuficiente.

A situação se complica ainda mais com a falta de comunicação entre Chansiri e os torcedores. James Silverwood, do Sheffield Wednesday Supporters Trust, expressou preocupação com o futuro do clube, citando a instabilidade na gestão e a falta de preparação para a nova temporada. A ausência de amistosos e a incerteza sobre a equipe que enfrentará a próxima temporada aumentam a ansiedade entre os fãs.

Os atrasos salariais se tornaram uma constante sob a gestão de Chansiri, que já enfrentou problemas semelhantes no passado. Apenas um pequeno número de jogadores recebeu salários em dia, enquanto a maioria aguarda pagamentos atrasados. A Professional Footballers Association classificou a situação como "inaceitável". Com apenas 16 jogadores sob contrato para a próxima temporada, a pressão sobre Chansiri aumenta, e a possibilidade de administração se torna uma preocupação real.

A imagem do clube, que já foi sinônimo de sucesso, agora é marcada por incertezas e descontentamento. O futuro do Sheffield Wednesday permanece nebuloso, com torcedores e funcionários se perguntando até onde essa crise pode levar o clube.